Páginas

sexta-feira, 13 de maio de 2016

NOITE COMO BREU

A Noite desceu negra e triste
O vento louco serpenteava
Carregando nuvens em depressão
E as estrelas receosas
Ficaram em casa abrigadas
E a lua de nada valeu
A Noite escura como breu
Chorou porque sentiu-se abandonada
Sem a luz que a embelezava
Em piscares mágicos e cintilantes
Mas o vento que afinal era amistoso
Enterneceu-se com a Noite amargurada
E decidiu suspender o espectáculo
Permitindo às estrelas assustadas
Saírem animadas e pintalgarem o céu
De purpurinas prateadas
Surpreendendo a Noite que encantada
Dançou até à chegada da alvorada.


Helena Santos