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segunda-feira, 9 de junho de 2014

AS LETRAS

As letras deixaram de voar agrupadas
Não formando assim as palavras desejadas
Para versos de uma poesia encantada
E dizes que eu sou a culpada
Mas se não consegues fazer soltar da ponta da caneta
Como que por magia
Sonhos e mais sonhos como fazias, para mim
Então não as escrevas, pinta-as com um pincel de cetim
Como se fossem todas para um festim
Verás que ao terminares o teu jardim
A mágoa terá se desvanecido
No meio de uma ou outra lágrima
E as letras, cada uma de sua cor
Formarão palavras em forma de flor
E tu
Já nem te lembrarás que algum dia, por alguma razão
Sentiste raiva, ódio ou rancor
Porque do teu coração, só brotará paz e amor
E as letras
Continuarão voando agrupadas, felizes e sem dor.

Helena Santos