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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

ninguém me vê chorar
e no entanto poucos são os dias
que uma ou outra lágrima
não teima em molhar-me o rosto
Ninguém me vê sorrir

e no entanto chego a gargalhar
comigo mesma
e a doerem-me as bochechas
de tanto riso

ninguém me vê chamar-te baixinho
e no entanto não há uma única noite
em que não reze para te ver

Ninguém me vê...
...mas todas as noites
e todas as madrugadas
são vivências de saudade
que me habitam e me doem...
...que me escolhem
quando mais ninguém as quer...

ninguém me supõe ou imagina
mas dentro deste corpo
e dentro deste olhar
em cada esquina minha
ainda bate um coração
ainda mora uma mulher...

são reis