Páginas

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

VIDA NOVA

Sinto que tenho a minha vida
Pendurada em cordas invisíveis
Há tempo demais
Com molas especiais
Porque de lá não cai
Nem com fortes vendavais
Espero sempre que o ano seguinte
Me traga força ou coragem
Para a resgatar
Mas ano vem, ano vai
E sempre a mesma roupagem
Tantas caras camufladas para decifrar
Não é falta de vontade de enfrentar
É medo de repetir erros por não raciocinar
Mas quando não temos outra solução
Ou agimos com a razão, ou com o coração
E se errarmos temos direito a perdão?
Nem sempre
Há quem não saiba perdoar
Mas saiba errar como qualquer ser humano
Aguardei pelas badaladas do Novo Ano
Tenho esperança que ele me devolva a vida
Quero-a na minha mão
Custe o que custar
Afinal a vida é uma fruta muito sensível
Amadurece com muita facilidade
E tenho de a saborear
Não posso deixá-la apodrecer
Sem dela desfrutar do merecido prazer
Deixar a vida se perder, é que não deixo
Podem crer!


Helena Santos