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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

HOJE NÃO

O sol entra pelos poros do estore
Convidando a juntar-me a ele, lá fora
Mas eu não quero
Hoje só me apetece vestir de negro
E eu não gosto
Prefiro ficar em casa
A mostrar ao garboso dia
A negritude que há em mim
Para mim a vida é cor
E só faz sentido se assim for
Com certeza que o novo amanhecer
Parirá uma boa razão
Para começar o dia
Com a alma maquilhada de alegria
E aí sim
Vestirei o meu sorriso laranja, rodado
Com flores multi-cores no regaço
Como se me fizesse acompanhar de um jardim
Com sapatinhos a condizer
E unhas pintadas de felicidade
Terminarei com um toque de magia
Nos meus longos cabelos cor de lua
Exibindo um laçarote amarelo sol
Que iluminará as minhas tranças
Sim, para me pincelar de cor
Eu me esmero e tenho jeito
E assim
A vida brotará límpida e leve
Bem do fundo do meu peito
Mas hoje…não!


Helena Santos