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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PAPAGAIO DE PAPEL

Tive um papagaio de papel que adorava
Lançava-o ao ar e todo majestoso se serpenteava
Eu sabia que nos Céus pouco tempo se aguentaria
de papagaios, eu nada percebia
Mas gostava do efeito que no ar fazia
Enquanto se aguentou, eu vivia feliz
mas pouco tempo durou e no chão se estatelou
Tanto me custou
O que fazer com um papagaio desfeito
se o meu coração ficou do mesmo jeito
e não sei colar o que restou?
O certo, é que do papagaio pouco se aproveitou
e o que ficou nunca mais aos Céus voou
Quanto ao meu coração, ficou destroçado
e nunca mais se recuperou.

Helena Santos


Foto net