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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Rasgas-me a pele

Com o peso das palavras

Depositadas em todo este silêncio…

Uma vez, em qualquer tempo

Pronunciar-te-ei

O mais recôndito dos meus segredos…

E então saberás do que eu suspiro

Rasgas-me a pele

Com o peso das palavras

Depositadas em todo este silêncio…

Estou afadigada de arames farpados!

Enrolados, sobre os muros da tua alma

Quero presentear-te um abraço

Agasalhado em perfumes de rosas...

As ímpares,

Às quais se consentem as farpas

Rasgas-me a pele

Com o peso das palavras

Depositadas em todo este silêncio…

Desimpede a porta do teu coração

Aparta as muralhas do entendimento

Essas, emparedadas apenas desunem

Mas o amor, ele acolhe...


Maria Nóbrega