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sábado, 1 de setembro de 2012

Aguardo o pranto impaciente da chuva

E o seu soluçar precipitado

Como um poema harmonizado ou imprevisto

Em seu compasso de delonga ritmado

Aguardo o pranto apressado da chuva

Que percorre a berma do passadiço

E se esguia no corredor de uma ruela

Para desaguar alagada em flume agitado

Aguardo o pranto aligeirado da chuva

Que deslisa naquele tosco telhado

Em impulso aglomerado pelo traçado

E peregrina pela calçada, nos desfechos de cada tarde…



Maria Nóbrega