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segunda-feira, 16 de julho de 2012

“ANDO A VER SE TE ESQUEÇO”

Ando a ver se me esqueço da tua graça, morena.
Mas se te vejo, entristeço; se me foges, sinto pena.
Nem um sorriso mereço da tua boca pequena…
Porque te dou tanto apreço toda a gente me condena.

Em vão procuro sorrir ante o teu desdém profundo.
Ando a mim próprio a mentir e minto a todo o mundo.
Gostas e me ver sofrer…Toda a gente aí o diz!
Eu sou feliz em saber que com isso és feliz.

E podes rir à vontade quando junto de ti passo.
Afago a tua vaidade; com pouco me satisfaço.
Ando a ver se me esqueço da tua graça, morena.

Mas se um dia o conseguir
Ei-de sofrer, e sentir
Aumentar a minha pena!

Alfredo Costa Pereira