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domingo, 12 de junho de 2016

SILÊNCIO DE MORTE

O silêncio do teu mundo, não me choca, afinal eu estou nele, faço parte dele. Não basta a distância… Estou e estarei em ti, sempre e para sempre. Poupa-te a palavras vãs, o que conta é o que sentes e tu sentes, muito…e gostas. Mas é isso, o amor. Inquieta-nos, perturba-nos, desassossega-nos e para nos enganarmos, dizemos que odiamos. Quanto ódio alimenta o amor… não deixa de ser poético. Podes ter muitas paixões, mas o teu amor serei sempre eu, está escrito, no nosso livro da vida. Sim, entrei aí no teu coração e nunca mais saí. Claro que podias ter-me expulsado dele, mas não o fizeste, nunca quiseste, porque gostas de me ter contigo, de me sentir em ti. Eu sou para ti, a fraqueza que te fortaleceu, quando já não acreditavas que havia uma estrela, algures, pronta a amar-te e a mostrar-te que em ti o amor também nasceu…só precisavas de alimentá-lo. Acreditaste e tudo aconteceu…. Abriste o coração e o amor floresceu! Mas como não há finais felizes e nada é eterno, houve um dia em que tudo, de repente, escureceu. O que aconteceu? Já perguntei aos céus, mas nem de lá uma resposta desceu. Não, não me entristeceu, a vida é assim, de vontades muito próprias. Vale sempre pelo que se vive, pelo que se absorve, pelo que se aprende e pelo que o dia seguinte nos traz e sempre nos surpreende. Há tanto para sugar da vida, mas muita gente não entende…por isso, é sempre mais o que se perde. 

Helena Santos