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terça-feira, 28 de junho de 2016

VÍRUS, VÍRUS E MAIS VÍRUS

Uma deitou-se aos meus pés
Enroscada no edredão
O outro esticou-se no chão
É mais fresco e está muito calor
Falo dos meus amados patudos, claro
Olho para eles e penso: que hei-de escrever?
A inspiração não me veio ver
E sem ela nunca sei o que fazer
O computador foi invadido por vírus
Com ordem para matar
Está a ser intervencionado
O médico é competente
Não ficará com mazelas, certamente
Acho que o cabecilha deles
Não tem coragem para me enfrentar
Há sempre “paus mandados, “moços de recados”
Quanto a estes actos cobardes pouco mais há a dizer
São bichinhos nojentos
Que nem sabem o que andam neste mundo a fazer
Sinto pena…apenas!
Enquanto espero que o tempo passe
E olho para a TV sem nada ver
Penso: para quê perder tempo comigo
Se tenho mau feitio, sou teimosa como os burros
E só atendo quem disser: por favor, obrigado, desculpa?
Como não tem sido o caso
Daqui não saio, daqui nada, nem ninguém me tira
Não posso pactuar com dejetos mascarados
E ainda por cima mal educados
Era só o que me faltava
Bem, a inspiração não chega
Mas o sono está a tocar à porta
É melhor deixá-lo entrar
Eu preciso de descansar
Já tenho as pestaninhas a reclamar
Logo vejo como amanhã me sinto, ao acordar
Agora quero é relaxar e sonhar
Se despertar com um sorriso, será bom sinal
Prenúncio de um dia fenomenal
E vou mesmo desfrutar
O Sr vírus não tem capacidade de me atrapalhar
Porque a sua insignificância é abismal
Terei o belo sol para me bronzear
O delicioso mar para me refrescar
E um suminho natural de ananás, para saborear
Tudo o resto é poeira perdida no ar
Que não consegue baixar
Por não ter onde o rabo sentar!


Helena santos