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domingo, 14 de outubro de 2012


SONHO FUGIDIO

A Saudade ficou, vive comigo,
E fala-me de ti, do teu sorriso,
Do olhar que era meu e que preciso,
Dos beijos que não dou, p’ra meu castigo.


Enlaçar-te a cintura, de improviso,
Suplicar teu amor, como mendigo,
São gestos que desejo e não consigo,
E a saudade deixa-me indeciso...

Teu pescoço beijar, tão de mansinho,

Provocando em teu corpo um arrepio,
Sussurar-te ao ouvido, com carinho...

Sonho que o teu cabelo acaricio,

Mas a saudade vem, devagarinho,
Lembrar-me que és um sonho fugidio.


Carlos Fragata