MINHA SAUDADE É RIO
Ó povo de marinheiros,
Onde navega a saudade,
Vives de velhas marés
Na tua eterna vaidade.
Venceste a ira dos mares,
Estilaste fel nos seus leitos
E vieste ancorar
Num rio de amores perfeitos.
Minha saudade é um rio,
Um rio de maré cheia.
Minha saudade é um rio,
Um rio que me enleia.
Minha saudade é um rio,
Um rio vazio e distante
Minha saudade é um rio
Que me enlaça na vazante.
E esta saudade, tamanha,
Do meu país um bocado,
Que docemente se entranha
Onde em minha alma há o fado.
À sina de bem cantar,
Nobre estio duma cigarra.
Ó povo de marinheiros,
Eco de velha guitarra.
Manuel Manços
Venceste a ira dos mares,
Estilaste fel nos seus leitos
E vieste ancorar
Num rio de amores perfeitos.
Minha saudade é um rio,
Um rio de maré cheia.
Minha saudade é um rio,
Um rio que me enleia.
Minha saudade é um rio,
Um rio vazio e distante
Minha saudade é um rio
Que me enlaça na vazante.
E esta saudade, tamanha,
Do meu país um bocado,
Que docemente se entranha
Onde em minha alma há o fado.
À sina de bem cantar,
Nobre estio duma cigarra.
Ó povo de marinheiros,
Eco de velha guitarra.
Manuel Manços