De noite, no sopé da montanha,
no meio da seara
e do vento das Hespanhas.
Parece que se afastam força e montada
em busca da brisa do norte
a mesma que asfixia os peixes perdidos.
Ah... Porque me intoxicam
com oxigénio aspergido
na candura aviltada?
Já não haverá paletas
para pintores de Virtude
em palácios plenos de Sol e Reis?
Há muito que espero salamandras
e siluros apeados
ávidos de cavernas hidrotermais.
Ainda tenho meio minuto
com todo o arresto dos montes
em lençóis pejados de infinito.
Respiro sem pressa
adivinhando a aurora aflita
a contar horas de penumbra.
José Brites Marques Inácio