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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Tristezas de que padeces!

Nunca chores a meu lado
Jamais derrames aqui água
Que eu perco-me um bocado
A tentar esconder a mágoa

Tenho mágoa como eu vejo

Quando choras ao meu lado
E eu lavo-te com meu beijo
E depois te canto um fado

Há tristezas de que padeces
Que tu escondes de mim
E às vezes até pareces
Que gostas de andar assim

Engoli uma lágrima tua
Senti-lhe toda a beleza
Passeei-me sob a Lua
E dediquei-a à natureza

Sinto teu sofrer por aqui
Num silêncio que me dá dó
E em mim eu jamais vi
Que na vida é bom estar só

Sorrio-te de forma aberta
Dedico-te toda a amizade
Deste amigo tu está certa
Que dele não há saudade

Armindo Loureiro