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sexta-feira, 26 de junho de 2015

REGRESSO A CASA

Foram meses a contar dias
E no meio de tantas emoções
Nada faltou
Lágrimas, sorrisos, medos e alegrias
Afinal, sou mãe
Boa ou má, não sei e com isso nunca me preocupei
Nem reconheço a ninguém, capacidade para me avaliar
Mãe, sei que sou
O meu coração sempre transbordou de amor
E com o filhote longe, como poderia ser indolor?
E por ser mãe
Tinha de rir, com a lágrima no olho
E um enorme aperto no coração
De saudade, ou mesmo de aflição
Estava no outro lado do mundo
Tão longe de o poder alcançar
E a distância não permitia
Tocá-lo com a minha mão
Restava-me vê-lo e senti-lo
Com o coração
O que eu queria mesmo
Era que ele se embriagasse
De experiências, vivências, novos horizontes
E aproveitasse…
E aproveitou
Regressou cheio de vida, brilho no olhar
E sonhos, muitos sonhos
Com cores diferentes das que levou
E uma felicidade ímpar
Do nada que teve e do tudo que reteve
Mas o mais importante
É a vontade de lutar e alcançar
Com que voltou
Fizeste-me falta mas sinto-me orgulhosa
De ti
E para as tuas realizações, nunca estarás só
Porque mãe
É colo e ombro sempre a amparar
Nem que dos próprios sonhos, tenha de se apartar!


Helena Santos