Miragem irreal
O meu corpo esconde a alma
Alma que transcende o real
Dos dias imensos e etéreos.
Só o sonhar
Eleva o meu espírito de ave a planar;
É o anseio brusco de voar,
É a partida da imaginação
Que povoa incessante a bruma dos meus olhos.
Em matérias de emoção
Busco a eterna imagem,
A aparição, breve e solta;
E, como numa vertigem,
Agarro-te, ó vida, na luz envolta
De intenso mistério e solidão!
(Ana Maia)