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domingo, 8 de julho de 2012

Calendário da saudade

O tempo parou
Naquela hora, sob a chuva.
Murcharam as rosas,
Choraram os ciprestes,
Fugiram os pássaros,
Fugiram de mim
E do tempo…
São vagabundas as horas,
Pedintes os dias longos
Nos calendários desfeitos.
Os campos são negras dunas;
São fantasmas as cidades
Paradas assim no tempo.
Eu rasgarei uma a uma,
As folhas hipócritas
Do calendário da saudade.

(saudade de ti mãe)

Fátima Custódio