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Momentos Escaldantes 2019

MOMENTOS ESCALDANTES


Erotismo e sensualidade. Escrevam o que vos vai na alma, com classe, bom senso e respeito. Caso assim não seja, as publicações serão eliminadas.

ATENÇÃO: SÓ SERÃO VÁLIDAS AS PUBLICAÇÕES FEITAS NO PRÓPRIO DIA - DAS 00:00H ÀS 23:45H. FORA DO DIA SERÃO ELIMINADAS



 

NO AR ÀS SEXTAS FEIRAS


1 - Obrigatório identificar a iniciativa com:
- ou com o nome da iniciativa,
- ou com a foto da iniciativa,
- ou com ambos.

2 - A foto a usar é sempre a da iniciativa.

3 - Poemas em texto a publicar no Grupo
TODOS PODEM PARTICIPAR!



19-07-2019 

APENAS MEU

Hoje, quero ser eu a ter a iniciativa

Quero ser eu a dar o primeiro passo

Quero ser o amor, fonte de vida

Quero envolver-te no meu abraço

Quero que fiques parado, quieto

E te deixes moldar pela minha mão

Finge que estás a flutuar em céu aberto

Ou que estás a ter uma alucinação

Sou eu, que com atrevimento te beijo

Sou eu, que te excito e te dou tesão

Sou eu, que te mostro o meu desejo

E te levo ao rubro… perdição

Hoje, serei eu a comandar

Os actos e a indicar o caminho

Hoje, és tu que vais gemer e gritar

Quando eu te sussurrar baixinho

Vais gostar e vais pedir muito mais

E eu, não me farei de rogada

Quero ouvir teus suspiros e ais

Nessa voz rouca e sufocada

Hoje, serás o meu prisioneiro

Sob a Lua que brilha lá no Céu

Quero sentir-te louco por inteiro

Quero que digas, que és apenas meu.

Nanda Rocha




 Não tenho mais!

Não tenho mais!
Tuas mãos em mim
A deslizar
Como se meu corpo
Não tivesse fim
Suaves...quentes
Que me deixavam
Fora de mim
Hoje estão ausentes

Não tenho mais!
Aquele olhar sedutor
Que me deixava nua
Na cara o rubor
Vontade de ser tua
Perder-me sem pudor
Ser sol...ser lua
Ser mar...ser flor
Que tu beijas com fervor

Não tenho mais!
As viagens que fiz contigo
Em que perdi a razão
Toquei as estrelas
Pela tua mão
Viajei no infinito
Foste a minha perdição
Contigo fui ao céu
E bati no chão

Não tenho mais!

19/07/2019

A.C.






AMAR

.

Amar é o que mais faço

Quando estás junto de mim

O teu corpo abraço

E dou-te beijos sem fim

.

O meu corpo fica a vibrar

Sinto o teu a estremecer

Os teus seios tenho que os afagar

E o teu corpo lamber

.

Gosto de fazer amor completo

De uma forma perfeita

De suor o meu corpo fica repleto

Mas é um prazer sentir-te satisfeita

.

Nas minhas veias não corre poesia

Nas minhas veias apenas existe amor

Em mim não habita hipocrisia

Por isso, contigo faço amor com fervor

.

Amar é muito importante para mim

Sem o amor não conseguia viver

Será que apenas sou eu assim?

Não existe ninguém igual a mim?

Quem é que sabe responder?

.

José Martinho






 "Hemisfério... O centro"

Achas que não quero que me leves a esse hemisfério, com que me deleitas e onde me perco!

Leva-me a reboque, fazendo-me perder o norte e apertando-me o cerco.

Quero!
Quero muito sentir esse aperto do teu tronco contra o meu.

E ao léu, num entrelaçar de corpos e pernas, demos asas a este querer que nos provoca e em gemidos se mostra.

E ganho!
Ganho a aposta ao atingir esse salubre hemisfério...
Aquele, que tanto quero e onde me perco.
Vem, e aperta-me este cerco!

Autora: Fátima Andrade





 Templo de amar

É amor

magia

e poesia

o que

ao teu lado

sinto.

E enrolada

no teu abraço

escrevo

rimas

e versos

no teu corpo.

Viajo

na prosa

do teu amor

Navego

no rio

dos teus beijos.

E depois

o silêncio

se faz

no templo

do nosso amar-

Mila Lopes






“Sinfonia de amor”

Quando em acordes escutei
De teus lábios o meu nome
Não consegui mais esquecer
Essa voz que me consome.

Quando ao teu lado adormeço
E tu ao meu lado…homem
Seremos sempre um recomeço
Amores que não se consomem.

Lado a lado abraçados
Nosso peito com sabor
Em acordes açucarados
Harmonia do nosso amor.

Em concertos de beijinhos
Impregnados de fervor
Carregados de miminhos
Em sinfonias de amor.

Ritmadas melodias
Com afeto trauteadas
Em carinhosos esmeros
Em batidas cadenciadas.

Do teu e o meu coração
Cujo pulsar nos acelera
Em zelo da nossa paixão
Que incendeia a atmosfera.

Lurdes Bernardo





 PÁSSAROS AO SABOR DO VENTO

Um sol brilhante e quente
O mar a estender-se no Infinito
Sorridentes e abraçados
Tudo para nós é bonito
Acaricias os meus cabelos
Que parecem querer voar
Juntamos nossas bocas
Num beijo escaldante de amor
Nossos corpos se unem
Num longo e terno abraço
Desejos que se afloram
Mas sem tempo, nem espaço.
Mesmo assim tua ternura
Faz-me sentir uma princesa
Que sou mimada por ti
Com muito amor e beleza
Somos dois pássaros que voam
Na magia do amor mas sem ninho…
Que se amam com alegria e ardor.
Dás-me uma flor que no campo se criou
Um gesto tão bonito, que o coração gostou.
São assim nossos dias que nos dão muito prazer
Na pureza e constância com amor e querer
Os nossos corações flutuam
Com sentires e desejos
Mas aguardamos confiantes
Que chegará o momento certo
Para satisfazer nossos anseios.
O amor que nos une é forte e confiante
Quando nos unirmos em cumplicidade
Será um momento escaldante.

Rosete Cansado




 Perdida, mulher veleiro

Velas rasgadas pela solidão

Que persistia em vestir o tempo.

Olhando tristemente a imensidão do mar.

Mar azul como o olhar que a enternecida

Caminhando na berma do tempo

Sabia sonhar

Me dava a contemplar

Era teu peito um cais

Cada beijo uma chegada

Cada caricia uma onda
Via,

Desmanchada ao dar-se a beijar a areia fina.

Era teu dizer de amar coisa sublime

Íamos de mãos dadas sem rumo

Deixando passos leves

Desse contente caminhar.

Era tudo nosso.

O mar, o luar, o amor,

Esse que vestia nosso momento.

Já todos os veleiros aportaram.

Em bicos de pés como quem dança

Ergui-me, roçando meus lábios nos teus.

Tacteei teu corpo, desejei-te tanto.

Eras o cais, onde aportei

E num momento,

Fomos, casal amantíssimo.

Degustando o fruto divino,

Do querer, do desejar...

Do deixar acontecer.

O cansaço dos gestos fez de nós

Amantes.

Manancial incontrolável de caricias

Momentos castos de delicias

Amar, amar, era a canção entoada

Pelo mar

Mulher veleiro aportada

Por amor no cais azul de teu olhar.

Augusta Maria Gonçalves.







 12-07-2019
 LOUCA PAIXÃO

É o teu corpo, o teu traquejo

O teu jeito tão atrevido

A rasgar este meu desejo

Desse amor que é proibido

O teu olhar que me faz arrepiar

Sob a luz da Lua branca e bela

É a tua sublime arte de amar

E a minha alma, à tua espera

É erupção de vulcão, calor

É o aniquilar do ardente desejo

É volúpia em plena atuação

É suspiro, cadência e suor

A força dum faminto beijo

A culminar esta louca paixão.

Nanda Rocha 






 Esta noite,

Não foi uma noite qualquer

Nesta noite,

Fizeste me sentir mulher

Nesta noite,

Foi o nascer da alvorada

Esta noite,

Eu não a trocaria por nada

Esta noite,

Foi rio, caudal, oceano

Nesta noite,

Foste irreal, mais que humano

Nesta noite,

Passou por nós um vendaval

Esta noite,

Vou guardá-la no memorial

Esta noite,

Fizeste-me perder o juízo

Nesta noite,

Fui dona de um tal paraíso

Nesta noite,

Cada um de nós se perdeu

Esta noite,

O universo estremeceu

Esta noite,

Vibrei com cada beijo teu

Nesta noite,

Morri… e fui pró Céu.

Nanda Rocha





 NO CHÃO

Enquanto te aguardo, enfeito-me com flores

Amacio minha pele com um creme incolor

Penteio o cabelo, visto o meu vestido

Ousado, leve e solto e bem colorido

Estou impaciente, mas auguro alegria

Tu vais chegar, lá para o final do dia

Vais trazer contigo ventos de mudança

E eu te espero com ansiedade e esperança

A chave na porta, aquele som que conheço

Um sorriso rasgado, um beijo, estremeço

Na minha alma já reina a euforia

No meu coração já se ouve doce melodia

Estamos juntos de novo, tal como dantes

Nossos olhos brilham, mais que diamantes

A bagagem aguarda no hall de entrada

O casaco, a mochila, a mala fechada

Só tu me importas neste momento

Não caibo em mim de contentamento

O tempo é tão pouco para te amar

Que eu não me canso de te abraçar

Bem vindo amor ao lugar que é teu

Dá-me o teu calor e leva-me ao céu

Sorriste para mim, pegaste minha mão

E nós nos amámos ali mesmo, no chão.

Nanda Rocha






ESTENDAL

.

Olha que maravilha

A roupa no estendal

Nas calças vê-se a braguilha

Mas não está lá o coiso e tal

.

Mas está um avental

Que pertence à Florinda

Lá naquele estendal

Vê-se muita coisa linda

.

Vê-se umas cuequinhas

Muito engraçadas

Não são da Aninhas

Mas sim das empregadas

.

A patroa também lá tem

Um lindo sutiã

Que cheira muito bem

Logo pela manhã

.

Também se vê uns fatos de banho

De fio dental

Com aquele tamanho

É propício para o coiso e tal

.

Camisas com renda fina

Bonitas e transparentes

Não eram da Josefina

Nem das suas parentes

.

Pertenciam à Alicinha

Que tem um corpo fenomenal

Quando a vi roupa não tinha

A apanha-las no estendal

.

O tal e coiso coiso e tal

Ao ver aquela beleza

Aproximou-se do estendal

E queria festa com certeza

.

A Alicinha calmamente

A sua camisinha apanhou

Ficando indiferente

Para quem ela olhou

.

Sabia que era bela

Por isso ia nua ao estendal

Para olharem para ela

E fazer inveja, ao coiso e tal.

.

José Martinho






Nuances

Quando te escrevo,
Teço entre os dedos palavrinhas agridoces
que deixo escorregar
pela ponta envernizada da unha

Quando te aqueço
entre as torneadas pernas, enlouqueço
Em vocábulos inconstantes
Que deixo a sofrer no ar até desmoronar
Em mudez deleitada

Quando te afago os olhos extasiados
Com o meu olhar onerado em luxúria,
sou um corpo ternamente acoplado no teu, devoluto e suado

Quando os nossos corpos finalmente
Se obrigam ao desencaixe,
Uma nuance saudosa viaja aconchegada
Em teu prazeroso secreto querer
E sobrevive hermeticamente em mim, na venturosa caixinha

Rute Pio Lopes





 Hoje faltou-me a inspiração

Hoje a sensualidade não veio
Também me faltou a inspiração
Não sinto as pernas bambas
Com carícias que não recebo
Não sinto a tua mão
Deslizar pelo meu corpo
Leve e suave como um sopro
Não tenho calafrios
Nem na pele sinto arrepios
Porque não tenho teu corpo
Bem juntinho ao meu
Hoje não posso sentir
Tua pele colada à minha
Nem sinto teus lábios húmidos
Que me beijam com magia
Hoje até esqueci a doçura
Do teu terno olhar
Quando parado ficavas
Simplesmente a contemplar
Não eram precisas palavras
Bastava saber amar
Mas hoje faltou-me a inspiração
Não sei como te amar!...

12/07/2019

A.C.





 PENSANDO EM TI

Estendo-me num lençol bordado de estrelas
O meu corpo junto ao teu em vagas de espuma
Beijo-te num mar de águas brilhantes
A lua em cheia retrata as nossas silhuetas
Que nos amamos em delícia e com fervor
Só ela é testemunha do nosso amor em amor
Assim, num ênfase de sentires e loucura
Navegamos em silêncio, ouvindo o cantar do mar
A madrugada chegará em breve
Orvalhada de brisa e perfumes
Ao teu colo, ainda embriagada
Pelo o amor e apertada nos teus braços
Deitas-me na areia ainda molhada
Cobrindo o meu rosto de afagos e ternura
Felizes no nosso viver e amar
Pensando em ti meu amor...

Espero a tua chegada....sempre

Rosete Cansado


05-07-2019

MORRAM OS DIAS

Em ti encontro a minha inspiração

Sacio a minha vontade, excitação

Com o teu olhar lascivo, provocas-me

Com o teu sorriso atrevido, enlouqueces-me

Beijas-me e baralhas a minha sanidade

Quase louca, cedo à minha e à tua vontade

E fabricamos um sonho verdadeiro, real

Roubamos a Lua do espaço sideral

Ofereces-me estrelas belas, cintilantes

E amas-me mais, muito mais do que antes

Voamos alados por entre cometas

Livres, sem promessas, não quero que prometas

Faz… faz simplesmente como sabes fazer

Adentra-te em mim, até eu não mais querer

Se é cedo, se é tarde, nada disso importa

Só impera a minha e a tua vontade

Morram os dias, as horas, todos os tempos

Os queixumes, as lamúrias, todos os lamentos

Que o momento é de êxtase, de felicidade

Que o momento é do tamanho, da eternidade.

Nanda Rocha 






 QUAL SONO

A noite está fria e chove lá fora

Sussurras palavras quentes ao meu ouvido

Quase impercetíveis, mas doces

Plenas de ternura, doçura, paixão

Já é um pouco tarde e o avançar da hora

Dormir era o que fazia sentido

Tuas mãos também elas quentes, acariciam meu rosto

Tremi ou estremeci ao teu toque sensual

Como se nunca tivesse acontecido, arrebate fatal

A mente fervilhou mais do que era suposto

A libido se incendiou num fogo sem igual

O frio sumiu, desapareceu como que por magia

O lençol, o pijama, já no chão jazia

A minha e a tua pele já de suor se cobria

A minha e a tua alma, uma na outra se fundia

A noite e a cama aqueceram, na janela a chuva batia

Tinha surgido uma onda de calor, lava incandescente

Que corria pelas margens incessavelmente

E queimava docemente tudo por onde passava

Qual sono, qual madrugada, qual vento, rajada

O tempo parou, o sono em sonho se transformou

E novamente o amor se fez…

Puro, forte e intenso, sem filtros, sem muros

Como se fosse aquela, a primeira vez.

Nanda Rocha






 DESDE MENINA

Desejo-te com a alma… calada em surdina

Como a ave deseja o céu, para voar

O mar deseja a orla da praia, para se espraiar

Como o vento deseja a montanha, para passear

Como o Mundo deseja o Sol, para criar

Desejo-te eu, também assim

Livre, ardente, voando em mim

Percorrendo o meu corpo, o meu mundo

Escutando o meu suspiro profundo

Fazendo-me também voar

Na orla do meu coração, espraiar

No meu corpo sedento, o teu, a passear

E os dois iluminados, fazendo amor

Tão simplesmente… criar

Desejo-te com a alma… calada em surdina

Não só agora, desde sempre, desde menina.

Nanda Rocha





 Esse olhar!…

Despes-me com o olhar
Não consigo resistir
Só te quero abraçar
Para não te deixar partir
Esses olhos ardentes
Levam-me à loucura
Os teus lábios quentes
Minha boca procuram
Tremo de emoção
Acelera meu coração
Da realidade perco a noção
Pairo no ar, perco o chão
Pegas na minha mão
Conduzes-me de vagarinho
Esqueço onde estou
Perco-me no caminho
Já não sei quem sou
Nem se acordada estou
Estarei eu a sonhar
Ou simplesmente a brincar
Mas a doce sensação
Deixou-me a vibrar
Com o teu simples olhar.

A.C.







28-06-2019

  "Uma, e outra vez"

Saciada e enroscada no edredão, esperguiço-me prazerosamente de encontro ao teu corpo.
E tu!
Absorto, depois de tão generosamente te doares, agarras-me com ternura e com a língua descreves um coração no meu peito.
Levas-me de novo à loucura e não tem jeito, a não ser, de novo te doares a mim... a nós.
Como é bom fazer amor, sentindo-o de dentro pra fora.
Sentes!
Sente o meu amor a transbordar agora, porta fora.
Saciada de novo, enrosco-me no edredão feita gata borralheira...
... olhas pra mim de sorriso de viés, e eu!
Caio de novo a teus pés... uma e outra vez, até perder a lucidez.

Autora : Fátima Andrade





 PRAZER

O prazer se diz amante,
De ti e de mim,
Do corpo e da mente.
Quer ser ele assim:

No beijo ousado,
Afagando a vida,
É presente bem dado.
Provoca calor e frio na barriga.

Não escolhe o tempo,
O tempo é só dele.
Gosta de ser lento,
Ao beijar a pele.

Meu prazer não te vás,
Prazer eu te quero.
Prazer, tu tanto prazer me dás.
Para ti meu prazer ,é que eu me esmero!

Autora Maria Gomes Pereira Cabana





 17-05-2019
 MAGIA DE QUEM AMA

Basta-me um acordar sereno
Um sorriso matinal
Um toque suave e ameno
Um trejeito sensual
Gosto do teu terno abraço
De te beijar lentamente
De não pensar no que faço
De me sentir feliz e contente
É tudo o que desejo
Ao acordar tardiamente
A tranquilidade do teu beijo
Um bocejo indolente.
Outras vezes isso só não chega
Quero mais, quero-te em mim
Quero que te dês em entrega
Plena, fluída, sem fim
Quero o teu amor a tua paixão
Os teus doces beijos molhados
A agilidade da tua mão
Nossos corpos transpirados
Porque amor também é sexo
É lume, é fogueira em combustão
São frases ditas sem nexo
E ficar suspensa, sem chão
Amar-te em qualquer lugar
Sem ser no quarto ou na cama
Sem tempo a cronometrar
É a magia de quem ama.

Nanda Rocha 





 ISTO É AMOR

Toques quentes, desejados
Beijos sedentos, molhados
Suspiros, gemidos, espaçados
E as tuas mãos que deslizam em mim
E me provocam arrepios sem fim
Tomas-me no teu aconchegante abraço
Seios hirtos, desejo, cumplicidade
No teu olhar de ternura me desfaço
Numa pura e total felicidade
Isto é amor… antes do sexo
Depois vem a loucura
Pode ser ou não com ternura
É explosão, dádiva, mútuo querer
É sentir tudo à volta, a desaparecer
Para ficarmos só eu e só tu
Embriagados, entrelaçados, de corpo nu
Um respirar descompassado, ofegante
Sou tua mulher, tu és meu amante
Os dois somos loucos a delirar
Tempo certo, com certeza, experiente
Numa feitura, quase indecente
Dura o tempo de uma eternidade
Vai além da nossa sanidade
Depois termina, porque tem que acabar
Isto é sexo… antes do amor
Um abraço terno, o peito ainda a palpitar
Um beijo delicioso, marcante
Um repousar a cabeça no teu peito
E ouvir o teu coração a compasso
Um querer ficar assim, indolente
Sentir que és o meu eterno presente
Embrulhado num dourado laço
Pensar em nós, escrever um verso
Isto é amor… depois do sexo.

Nanda Rocha





O ABRAÇO

Pode já ter o cansaço
Já falido de alegria
Mas se for um grande abraço
Aquece a noite e o dia.

Traz o dom do aconchego
O libertar de emoções
Um carinho e um apego
O juntar dois corações.

Traz a mensagem do peito
O afago carinhoso
Mais terno aumenta o efeito
Do seu estado amoroso.

Traz o segredo do bem
Por mais que já se conheça
A chama que o amor tem
Desde que ele aconteça.

Pode já ter o cansaço
Por já ser tão repetido
Não há melhor que o abraço
De um peito terno e sentido.

O ABRAÇO. – H. MENDES




“Sedução”

Traços belos de um rosto moreno
Cheios de uma masculinidade
Nuns belos olhos castanhos
Fitando os meus com saudade.

Saudade daquele amor arrebatador
Das caminhadas furtivas na vida
Dos sorrisos encobertos
Em tantas noites mal dormidas.

Dos afetos sentidos de coração
Dos palpitares em noites de emoção
Dos ensejos em noites de verão
Escaldantes e cheias de paixão.

Sedentas de novos recomeços
As almas comungam em união
Dançantes em corações travessos
Saciados com o néctar da sedução.

Lurdes Bernardo





 DESEJOS SACIADOS...

Serena sem delírios vãos
Por ti me deixo envolver
Entrego nas tuas mãos
O meu corpo de mulher.

Nesse momento perfeito
Há delírios estonteantes
A paixão é o nosso leito
Nossos beijos são escaldantes...

Descubrimos-nos na magia
Dos dois corpos abraçados
Nosso amor é uma poesia.

Guardo-te em mim com prazer
Desejos enfim saciados
Feliz enfim por te ter...

Aida Maria (Aida Marques)




 Uma vez mais

Amo-te desesperadamente
Com o corpo, com a alma
Com o pensamento!...
Fogo ardente!
Que apagaste friamente!...
Doce paixão
Pura ilusão
Só ficou a recordação
Do que foi…
Do que podia ter sido…
Este coração ferido
Sem calor nem abrigo
Este vazio descabido
De querer estar contigo!...
Beijar-te uma vez mais…
Sem vírgulas nem pontos finais!...

A.C.





 PERFUMES

Fui absorvido pelo presente,

fica, em mim, a imagem do teu ser.

Transformaste, a meus olhos,

as cores no azul, de estrelas cintilantes,

envergonhando o luar com o nosso amor extasiante,

fora do mundo, mas dentro de nós.

Exaltação, alegria, prazer, arrebatamento, alienações,

emoções dos nossos sentires.

Este amor é movimento, ao ritmo das nossas visões,

na alvura que nos envolve,

ao desejar alcançar o desejo ardente de um instante,

viveremos os nossos delírios, como um sol na noite.

Ao alcançá-lo, provaremos o sabor fervente da vida,

porque temos a mão na mão a indicar-nos o caminho.

José Lopes da Nave 





 O teu beijo doce.

Sonhei com teu beijo doce.
Na noite de muitas noites,
Quis eu que sonho não fosse,
Trocava-o por teus afoites.

A lua sorria matreira,
Querendo também teu beijo.
O sonho não tinha maneira ,
De matar nosso desejo.

As estrelas cintilantes,
Também te queriam beijar.
Piscavam já ofegantes,
De tanto ,tanto sonhar.

A noite se fez prazer,
Trazendo beijos e mais beijos.
Foi tal a vontade de acontecer,
Que deixou o mundo inteiro aos beijos.

Autora Maria Gomes Pereira Cabana





 10-05-2019

"Alma"

Como nos compreenderiam

Se a alma chegasse perto

Sorririam de contentamento

Por ela nos dar tanto afeto.

Sorrisos nossos trazia

Em abadas de alegria

E os punha a nossos pés

Em perfeita harmonia.

Correndo ia

Para ver se também via

Estampada no coração

Nossa alegria e sorrisos

Neste grupo que é feliz

Tem um enorme condão.

Gosta de sorridentes

Sorrisos nossos também

Carpir mágoas nem tanto

A menos que a inspiração

Em amores escaldantes

Sejam momentos em vão

Mas nos tragam contentes

E sempre cheios de emoção.

Lurdes Bernardo 






 Sinto falta!…

Sinto falta!…
De sentir as tuas mãos
A deslizar no meu corpo
Dos beijos cálidos
Que suavemente me davas
Dos sorrisos plácidos
Quando embevecido me olhavas

Sinto falta!…
Das tuas gargalhadas
Das palavras carinhosas
Das brincadeiras assanhadas
Das ternuras calorosas

Sinto falta!…
Das tuas inseguranças
Dos ciúmes infundados
Das brincadeiras de criança
De estarmos apaixonados

Sinto falta!…
De te querer e não te ter
De gritar este amor profundo
Sinto a alma a morrer
O eco a sair mudo
No infinito se perder
Resta este punhal agudo
Que me faz perecer

Sinto falta!…
De tanto...de tudo!…

A.C. 





 E se pinto as minhas mãos com as cores do amor!
Se as pinto com o desejo sentido.
Se comigo trago o teu odor e este querer desmedido!
Então me esmero ao entregar-me.
Então te deixo com esmero tocar-me.
Então, solta-se de mim esta tamanha vontade em fazer amor.
E se me abrir para ti, abre-te pra mim por favor.
Deixa correr esta tinta entre nós.
Façamos um arco-íris dos sussurros da nossa voz.
E se me permitir a sentir o que sinto!
Então fica certo, que com as cores do amor, este nosso amor, em ti pinto.
E se nas minhas mãos te perderes!
Perder-me-ei também, até tu me teres.

Por isso te permito que me arranques este querer contrito... Até te tocar...
e a este amor me entregar.

Autora: Fátima Andrade






 Sedução na natureza.

A bela árvore de ramos viçosos,
Ao ver uma doce árvore despida,
Da-lhe beijos carinhosos,
E a chama de querida.

A brisa transporta a ternura,
E mágicas gotículas no olhar.
Abraça o tronco pela cintura,
Num constante e sedutor afagar.

De seus ramos vai brotando,
Primavera atrevida, enebriada,
No beijar assaz ousada.
Todo o espaço cativando.

E então o amor em permuta,
Entre árvore nua e vestida,
Com volúpia aquiriu nova vida.
Qual delas a mais astuta!

Autora Maria Gomes Pereira Cabana





 NÃO É PECADO

Contigo encontrei a segurança
E descobri que podia derrubar muros
Contigo renasceu minha esperança
Contigo percorro caminhos seguros
Já praticámos imoralidades
Já inventámos novos pecados
Já conhecemos outras realidades
Já fomos perdidos, depois encontrados
Na volúpia suprema do querer
No pulsar forte de um amor e de vida
De amar tanto e ainda mais querer
Numa ânsia absoluta e desmedida
Somos fogueira, brasa incandescente
Somos lava de vulcão quente a escorrer
Somos raio de luz, estrela cadente
Que rasga o céu antes de morrer
Somos sentimento, vontade, paixão
Somos a pele quente que expele suor
Somos quem queremos, está na nossa mão
Somos a essência do puro amor
Quando nos amamos, tudo é beleza
É um momento lindo, mágico, encantado
É sentir a felicidade e ter a certeza
Que o que faço contigo, não é pecado.

Nanda Rocha





 Fazer amor contigo…

O que faço contigo não é pecado

E jamais o poderia vir a ser

Se te mando algum recado

É porque tu és esse bem amado

Onde quero colher meu prazer

Derretes-te junto de mim

Basta eu mexer-te na pele

Eu sei bem porque és assim

Mesmo quando não estás afim

O teu corpo o meu não o repele

Pelo contrário te encostas mais

Muito mais do que o necessário

Há mulheres que são demais

A elas não há outras iguais

Quando o homem é extraordinário

E é nessa extraordinária virtude

Que o teu corpo todo se sente

Por vezes pedes com solicitude

Para eu te fazer mais amiúde

Que é assim que ficas contente

E depois de te contentar

Jamais viro as minhas costas

Tem a ver com o meu amar

E tu meu corpo vais degustar

Quando nele fazes apostas

Armindo Loureiro





03-05-2019 

NOITE
Amena a noite, convidava.
A que nós a alma desnudássemos.
No arvoredo semi adormecido,
Rasgássemos a brisa, caminhássemos.
Havia ninhos suspensos
Na noite guardiã
O piar dos mochos,
O espreitar da coruja
Esse rio sedoso que corria
Beijava as pedras,
Em divina, cristalina melodia.
Parados ali no vértice da noite.
Vestidos de vontade sem receio
Demos as roupas à brisa, que as levou.
Nós, libertos de temores
Vestidos da fome generosa da vontade.
De pé cambaleantes em segredo
Fomos esculturas vivas sem recato.
Nesse abraço nu!
Corpos em festa.
Almas harmoniosas
Em profano e doce desacato.

Augusta Maria Gonçalves. 






 Os gemidos sucediam-se
Debaixo dos lençóis,
O calor fazia vibrar os corpos
Num amasso desesperado
Amarrados pelos mesmos anzóis,
Num amor de verdade
Num abraço infinito
Em beijos derretido!

O amor era escaldante
A juventude nos corpos vibrava,
Cantavam lá fora os passarinhos
Lá dentro sussurrava-se baixinho,
No fim festejaram com um copo de vinho!
Eram momentos escaldantes,
Momentos inesquecíveis,
Eram dois amantes
Que se amavam,
Que gritavam o amor com poesia,
Num ritmo acelerado, cadenciado,
Em harmonia!

Suados mas felizes
Ainda nos braços um do outro
APERTADOS!
Afirmavam que para sempre
Aquele amor, aquele amor insaciável...
Iria permanecer,
Até que com eles abraçados
Iria fenecer!!!

Autora
Irene Matias






 Chamativo, este fogo sem rogo.
É perigo imprudente.
Fumo ausente.
Ato inconsequente.
Fazem-no toda a gente.

Mais... Sempre mais.
Palavras roucas
Nus de roupas
Silêncios demais
E mais... Sempre mais.
Achamos pouco!
Estremecimento tão louco.
E a pouco e pouco, soltam-se os ais,
pedindo...
... Mais! Sempre mais!

Autora: Fátima Andrade
 Apareceste!

Apareceste!…
Qual sombra transparente
Simplesmente nua
Vestias somente
Teu belo sorriso ardente
Por trás o brilho da lua
Silhueta resplandecente
Sou toda tua
Pobre coração
Que bates tão apressado
Acendeu-se a chama
Que se tinha apagado
Perdi a noção
Do tempo e do espaço
Esqueço tudo
Não sei o que faço
Sinto no meu corpo
Uma suave carícia
Estremeço de paixão
Prendo-te num abraço
Não te quero soltar
Mas que embaraço
Estava a sonhar!…

03/05/2019

A.C.
 ENGRAVATADO

Apresentaste-te de fato e engravatado
Rosto quase sério e bem barbeado
Olhar acutilante, penetrante
Leve sorriso, desafiante
Imaginei-te despido… não faz sentido
Mas a verdade é que te imaginei
Porquê? Não perguntes, não sei!
Corpo atlético, musculado
Seguro de si e bem bronzeado
Tateio-te a tez de levezinho
Uma e outra vez sob a camisa de linho
Sinto o arrepio da tua pele
E dos teus lábios sorvo doce mel
Ah! Se tu soubesses como me fazes viajar
Se tu soubesses a sede que tenho de te amar
Os sonhos que contigo teço e adormeço
Neles, és meu e estás comigo
Neles sou tua e tu embebecido
Neles somos um no acto de amar
Contudo sei que sou apenas eu… a sonhar
Estendes a mão… muito prazer
Fiquei corada sem saber o que dizer
Acordei do sonho, tenho calor, estou a tremer
Tenho medo que adivinhes, sinto-me a desfalecer
Intimidada, olho para o chão
Escuto o bater acelerado do meu coração
Tens rosto quase sério e bem barbeado
Apresentaste-te de fato e engravatado.

Nanda Rocha 





NO TEU CORPO BRILHAM ESTRELAS

.

Teço nos meandros filiformes do pensamento

Novas viagens onde me encontras felino.

Depois do sonho o mar é sempre genuíno

O meu olhar é sincero e o teu andar perfeito.

.

Sito nas areias brancas, desenho-te volutas

Caminhas para mim - nua de preconceitos

No sorriso de quem ama em ondas resolutas

Sentas-te em mim audaz - e livre de pleitos.

.

Depois, em cada carícia, a tua pele sabe a mar

A tempestade, quente, ruge entre as vagas

E as palavras são feitas de gemidos de-amar.

.

Até a morte, pequena-vencida, grita-nos>: vivas!

A Vida, emocionada, escuta a nossa melodia

E as estrelas dançam, brilhantes e exclusivas.



In “Viagens de Amor”, de Pj.Conde-Paulino 







 CORPO ESCALDANTE

Sinto o corpo escaldante

Ao pensar em ti meu amor!

Da lua que espreitava,

Das estrelas que a acompanhava,

Sem que nós déssemos por isso.

O brilho delas encandeava a piscina,

Os pássaros nocturnos chilreavam,

As cigarras cantava alegremente

Naquelas noites escaldantes…

Só apetecia estarmos na relva deitados.

Até as toalhas ficavam quentes.

Dávamos um mergulho na piscina

Nossos corpos fresquinhos e deleitoso

Acabavam por entrar em sintonia

Com o mesmo anseio e desejo

De se fundirem um no outro…

Acabávamos sempre por fazer amor…

Com muito fulgor, sem sentir o calor

Era bom! Muito bom mesmo…

Esses momentos que faziam do nosso amor

Que fossemos loucos e atrevidos…

Já madrugada, é que íamos dormir na cama

Saciados de amor e satisfeitos de prazer

Ao recordar, ainda hoje sinto o meu corpo

A escaldar, recordando com saudade

O nosso amor que no tempo ficou,

Mas que no coração brota com todo o esplendor

De uma rosa bonita a desabrochar.

Cada um em sítios diferentes, mas creio

Que por vezes temos os mesmos pensamentos.

Será até ao fim dos nossos dias.

Um amor que nunca esqueceremos

Mas que a vida nos separou.

Rosete Cansado. 





"Só nós dois"

Foi no palco noturno da vida
Que ensaiando esteve o coração
Entre um beijo e a cabeça perdida
O amor encanto e a razão
Se perdiam no palco da vida.

Em viagem sinuosa de loucura
No peito atribulado o coração batia
Cavalgando como potro assustado
O sangue galopante
Em suas artérias e veias corria.

Fustigado de amor fogoso e infinito
Já era de mais nem cabia no peito
Aclamada a vida em sabedoria
Dia a dia saía em correria sadia
Sem compasso de espera satisfeito.

Era já em bicos de pés que te beijava
No lusco fusco do dia acinzentado
As agruras da vida esqueciamos
Entregues nossas almas comungavam
Embrenhadas num mundo encantado.

Os dias que passamos juntos lado a lado
Deixaram em nós tantas saudades
O nosso amor nunca foi pecado
Era fruto da nossa vontade
De tanto bem largado ao nosso lado.

Lurdes Bernardo




 26-04-2019


 VEM AMOR

Vem!

Ao sabor do vento,

Com esse teu amor ardente

Vem amor!

Eu te aguardo.

De teus beijos estou carente

Saudades sinto-as no ventre,

Que me fazem sentir dor.

Apressa-te e não deixes acabar o vento,

Quero sentir-te nem que seja

Um só momento…

Para resgatar este sentimento

Que brota como um vulcão,

E não me saí do pensamento.

Vem amor!

Trás contigo cerejas rubras

Que me dão tanto gozo

Quando me pões na boca

E trinco-as com muito prazer.

Ficamos unidos num longo beijo

Sentimos o seu gosto com fulgor,

Unindo-nos num amor quente e doce,

Que nos sentimos a esvoaçar

No infinito, almejando

A perfeita felicidade

De amarmos em liberdade.

Vem amor!

Eu estou contando os segundos

Para nos sentirmos sortudos…

Rosete Cansado 






 "Toma-me"

Segue-me pela noite fora, arrancando-me a este devaneio.
Anda e leva-me agora, fazendo-me tua por inteiro.
A vontade com que me deixo ir é maior, do que aquela que me faz querer fugir...
Tens somente uns minutos para me conveceres...
Vem com a tua chama...
Com a tua vontade...
Aquela, que por mim clama e me quer de verdade.
Faz da minha a tua cama e dos meus, os teus lençóis.
Dêmos asas à vontade que nos chama e vamos amar-nos a dois.

E neste devaneio, amemos-nos por inteiro.

Autora: Fátima Andrade





 10-04-2019

 "É fogo!"

Uma estreia não programada pelos caminhos do amor...
Saio desgovernada atingida pelo intenso torpor.
É fogo que tudo consome... sem rogo, desvairado de fome.
Entro em desatino, sem saber o preço que me é cobrado por este sentir.
Este sentimento repentino que me chama e que de tudo esqueço ao "o" seguir.
Não se acanha, nem usa de manha...
Não se espanta com a sua força...
No meu coração roça deixando-o embriagado...
Rebolo e imploro por cantar este belo fado.
E nesta estreia não programada, entro de coração nas mãos de rajada...
... atingida, pelo intenso torpor.
E saindo desgovernada, deixo-me conduzir pelo amor.

Autora: Fátima Andrade 






 AMOR SEM CONVENÇÕES

Vem amor!
Sem convenções de rotina
água tépida perfumada de essências
Cerejas bem maduras e vermelhas
para mordiscar-mos
Alimentando os nossos sentidos inebriados de perfume
Sentindo o teu cheiro e a tua pele tocando-me
Num sentir de prazeres intensos
Sensações extaseantes, que nos leva ao climax
Na madrugada orvalhada pela brisa da manhã
Que breve chegará
Depois felizes e saciados voltamos para a
Nossa cama com dorsel.
Abraçados e unidos adormecemos
Até o raiar do sol.

Rosete Cansado 





 Estamos em tempo de Páscoa.
Sei de renovação, de fé, de perdão, de amor.
Há no meu país, mil recriações da morte de um justo.
A crucificação de Jesus nosso Senhor.
Há rostos constrangidos, penitentes.
Há lágrimas verdadeiras de amorosa dor.
Há figurantes, de pés descalços a sangrar.
Alguém carrega a cruz como o Jesus.
Divinissima Maria mãe de Jesus, tem nos olhos a dor
Pois por amor a seu filho a alma sangra.
Jesus feito homem, tropeça cai
Sangra-lhe a face ferida por espinhos.
Tudo se passa conforme o Pai ditou.
Há uma mulher que chora condoída.
Porque Jesus foi homem e amou!
Maria Madalena a pecadora
A quem Jesus abençoou.
Eram seus olhares limpidos um caso de amor.
Ela buscava refugio no peito do Senhor.
Em prova de amor, as lágrimas de dor de Jesus.
ELA mulher amante.
Com seus cabelos enxugou.

" de escaldante nada tem este texto, de amor muito diz "

Augusta Maria Gonçalves.  




 SABONETE.

O sabonete me provoca,
Seu perfume me enebria,
Sua textura macia,
Deixa minha pele louca.

Me seduz eu o seduzo,
Somos parceiros no banho.
Quando a jeito o apanho.
Então é que dele abuso.

Me deixa bela e perfumada.
Para isso é que ele existe.
Nenhum corpo te resiste!
Sabonete tão ousado!

Autora Maria Gomes Pereira Cabana








12-04-2019 

FONTE DE AMOR


Fonte eterna do amor
Jorro quente, rejuvenescedor
És tu quando estás em mim
Deus divino, anjo ou querubim
Elevas-me, levas-me ao Céu
Neste enleio que é tão meu
É tão bom sentir-me desejada
De amor ou loucura arrebatada
Quanto tempo dura?
Se é momento ou eternidade?
Não sei, nem vou perguntar
Se é razão ou loucura?
Se é mentira ou verdade?
Não sei, nem vou cobrar
Mas sei que quando acontece
Corpo e alma estremece
Nos damos numa entrega inteira
Como se fossa a derradeira
Tu és deus divino, anjo ou querubim
Eu sou quem tanto te quer em mim
Jorro quente, rejuvenescedor
Fonte eterna do amor.

Nanda Rocha 






 TODA A MULHER DEVE SER....

Toda a mulher deve ser
Deve ser conquistada
Para nos dar mais prazer
Quando está a ser amada

Toda a mulher deve ser
Na cama desejada
A mulher é um ser
Que nasceu para ser amada

Gosta de ser presenteada
Seja lá com o que for
Sente-se mais motivada
Para na cama fazer amor

Na boca gosta de ser beijada
Assim como nos seus seios
Para se sentir mais consolada
Fazendo amor sem receios

Adora ser estimulada
Antes de fazer amor
Completamente desnudada
E deixar-se amar, seja de que forma for

José Martinho.





05-04-2019 
 Demora

Demoro-me em ti
Como se contemplasse as nuvens desenhadas no céu em formas roliças e únicas

Únicas como as tuas mãos, como o másculo traço do teu rosto moreno ou a sensualidade da covinha quando sorris

Sorris com os olhos, num assumido convite desassossegado de íris perversa e cristalina

Cristalina como o desejo arrojado estampado no porte crescido de cipreste amanhecido

Amanhecido em leito morno de frutos vermelhos, resquícios de sonhos de amora preta e de morangos coroados de verde esperança

Esperança sôfrega de luxúria em poros dilatados pelo bafo do pranto solidário de memórias presentes e fantasias prementes do corpo

Corpo demorado em mim, nesse hiato de tempo capaz de arrancar um suspiro nascido do fundo da saudade

Saudade que desfaço na carne demolhada, servida quente e salgada a teu gosto, envolta no requinte da minha doçura quando me demoro em ti

Texto de Rute Pio Lopes 



 22-03-2019

  SEMPRE QUE VENS ATÉ MIM

Seguras meu rosto com a tua mão
Estremeço de alegria, doce sensação
Puxas-me e envolves-me no teu abraço
Delicia-me este teu repentino amasso
Através do olhar perscrutas-me a alma
Falas-me baixinho ao ouvido, com calma
E beijas-me os lábios com imensa doçura
Quase desfaleço com tanta ternura
Entrego-me a ti no calor desse beijo
Longo, quente que me percorre por dentro
E sacia de ti, meu corpo sedento
Quero-te assim, inteiro, completo
Agora e sempre, sem tempo certo
Gosto de ver nos teus olhos a malícia
E que explores o meu corpo com perícia
Somos movimentos vivos, certos ou errados
Somes gemidos incontidos, corpos transpirados
A essência do prazer divino, da paixão
A vontade genuína da entrega, à perdição
Não existem muros, barreiras, segredos
Amamo-nos sem qualquer pudor, sem medos
Tu me possuis e eu te possuo também a ti
Num todo, fascínio como nunca senti
Na plenitude do amor que sentimos
Tudo acontece, sem nada exigirmos
É assim que gostamos de nos amar
Ficar com o corpo cansado e a alma a sonhar
Ter a certeza de que sou tua e tu és meu
Sentirmo-nos plenos, o amor nos preencheu
O nosso amor é assim, não tem fim
E acontece sempre, que vens até mim.

Nanda Rocha





 PERDIÇÃO

Fico perdida na delicadeza do teu toque
Viajando no mundo infinito dos desejos
Inesperado, sem que o invoque
Cobres meu corpo… de beijos
Sinto-me a flutuar num cavalo alado
Sou viajante do teu universo
Não sei se viajo ou estou a teu lado
Presa numa estrofe ou num verso
Meu corpo continua colado ao teu
Minha alma, acho que continua a viajar
Não sei se tu também andas pelo céu
Ou se inventas novas formas de amar
Sinto-te adocicado, febril, transpirado
Sinto-te a derreter com o calor
Sinto-te de mim necessitado
Sinto-te meu, meu amor
Regresso até ti, delicia-me o teu sorriso
Por querer fico presa no teu abraço
É ao teu lado que me sinto no paraíso
Não sei porque viajo pelo espaço
A ti me entrego, não ficas surpreendido
Acho que consegues ler-me a mente
Neste querer louco, onde te sei perdido
Onde gostaria de ficar perdida, eternamente.

Nanda Rocha 






Deito-me numa cama de rede
e a sede que sinto é tanta...
Vontade esta... quanta!
Olho pra lá de mim... assim, sem me ver.
Corro com o olhar sem parar,
sentindo-me entontecer por esta tamanha sede,
deitada numa cama de rede...
Entontece-me o desejo no meu corpo molhado.
Ansiando por cada beijo... pelo prazer desmesurado.
Acaricio-me, imaginando as tuas mãos.
Inebrio-me, com mil e uma sensações.
Vê o que fazes comigo!
Torno-me fera sequiosa por estar contigo
Corres perigo!
Corro perigo!
Sinto paixão! Amor! Tesão!
E esta sede que tenho é tanta!
Vontade esta quanta!
Deitada numa cama de rede...
Vem!
E mata-me a sede.

Autora: Fátima Andrade





 NÃO SABES...

Tu não sabes da voraz ardência
que invade o meu corpo
quando em noites de lua cheia
reclama pela tua ausência
nem sabes do desconforto
que o meu coração sente.

Não sabes do meu desejo
de te sentir ao meu lado
estremecer nos teus braços
saborear o teu beijo
tão doce e apaixonado
entregar-me a ti sem tempo...

Tu não sabes da fantasia
que em meu pensamento cresce
bate o coração agitado
sentimentos numa orgia
quando toda a ilusão falece
num despertar desolado...

Tu não sabes da imensa ansiedade
incapaz de controlar
esperando a toda a hora por ti
sonhando com a felicidade
de enfim te poder amar
de enfim te sentir em mim...

Aida Maria (Aida Marques)





PERDIDAMENTE ME ACHO.

Tenho o meu abraço vazio
Onde existe um enorme espaço
Que me faz tremer de frio
Por falta do teu abraço

Sinto falta de algo tocar no meu peito
Talvez sejam os teus seios
Sinto quase o meu amor por ti desfeito
Vivo momentos, preocupantes com receios

Tenho ausência de carinho
Apenas tenho o meu vazio abraço
Preciso urgentemente de um teu miminho
E um forte teu abraço

Perdidamente me acho
Num amor não correspondido
Apesar de ser um berbicacho
Vou lutando não me agacho
Pois por ti, tenho um amor desmedido.

José Martinho





ÊXTASE

Senti as tuas mãos trémulas em mim
Percorrendo o meu corpo
num desejo sem fim
No ápice momentâneo arredei a cadeira
Puxei a tua cintura até à minha beira
Os botões da camisa ia despertando
O teu peito beijando
O desejo aumentando a cada segundo

Eu a chama ateada ,tu o fogo que lavra
Os dois a combinação intensa
Propensa para uma noite louca
Nesta sede insatisfeita

Caiam as peças de roupa uma a uma
Numa dança do ventre te envolvi
Seduzi ...porque quis
Caímos no chão ao som do Sinatra
Agora amor sem hora nem data
Voltaremos ao mesmo lugar

Fazendo deste espaço o nosso altar
O manjar dos deuses
O êxtase total
Intemporal
Carnal
Repetindo os passos
Sem embaraços
Nem tabus
Apenas nus de corpo e alma

Anabela Fernandes




 O julgava já!

Num lampejo de saudade,
Meu corpo no teu se incendeia,
Vivem de devaneio em devaneio na ideia,
É só o que estes momentos teem na vontade.

Sinto a suave textura do lençol ao de leve,
Me provocando com volúpia todo o sentir,
Pede com insistência para eu não desistir.
Mas,como é que ele se atreve?

Me mordisca lentamente a orelha,
Sussurrando com ternura palavras obcenas.
O meu tempo se contrai, faz- me cenas.
Atenção: não me sinto ainda velha!

Sirvo este sonho bem temperado,
De sedução e doçura com pimenta.
Este corpo loucamente me atenta,
O julgava já sem vontade ,cansado,aposentado!

Autora Maria Gomes Pereira Cabana





“NOITE”
Viciosa
Abraço de paixão
Bálsamo da alma
Apelo ardente
De amor pungente
Paraíso natural
Luz incandescente
Noite
De amores loucos
De tesão contínua
Odores nocturnos
Amadurecidos na dor
Clamam os sentidos
No prazer de amar
Noite
Mulher flor
De odor sem igual
Mulher amor
Sensual e glamorosa
Amadurecida pelo amor
Mulher fervor
Deixa fogo onde passa
Ateia a madrugada
Noite
Inflamam chispas
Nos poros fundidos
Que se moldam na noite
No corpo que arde
No beijo que aquece
Na volúpia que grita
No amor que enlouquece
A madrugada sensual…
Amanhecem amando…
“BRASA” MAGDA BRAZINHA




 O calor
O calor renasce d'um simples toque, d'um abraço
ou d'um beijo.
A chama acende e intensifica-se, com o tamanho
do amor.
Quando o desejo se sobrepõe e a tentação ferve,
o amor se faz: com o corpo e a mente.
É nessa hora que o tempo pára...
Que o mundo se resume a um pequeno circulo à
nossa volta.
Não importa, quando nem onde.
O amor se fez por amor.

José Maria... Z L 




 O
teu
sorriso
fala
e cala
os meus
sentimentos
é sagrado
o nosso
sentir.
Infinitos
desejos
os nossos
lábios
abrem-se
em beijos
de desejos
como
as pétalas
das flores.
Nuvens
de paz
acariciam
nosso ser
de amor
e silencia
o nosso
querer.

Mila Lopes





01-03-22019 

O TEU TOCAR

Tocas-me com as tuas mãos de veludo
Estremeço ao toque e me desnudo
Deixo que o teu querer me conduza
Serei eu, ou serei uma intrusa?
Nada me importa, nem a aberta porta
Serei eu, serás tu, seremos nós
Viagem deliciosa, ora lenta, ora veloz
Loucura sadia, desejo profundo
E somos tão só, os donos do mundo
Que indiferente gira ao nosso redor
Sem filtros, sem moralismos, sem pudor
Com gemidos lânguidos de amor
Os dois saciamos a vontade
Sem hora, nesta final de tarde
E chove… está frio lá fora
Os lençóis caem da cama
Não há frio que resista, quando se ama
Abraças-me com imensa ternura
Na mais pura das loucuras
E eu correspondo ao teu gesto
Afinal, já era previsto
Para este amor, não existe impossível
Existe a plenitude no tocar
A eternidade que veio para ficar.

Nanda Rocha
  



Linha recta

Encosto ao teu esguio corpo despido
Faço-te minha meia lua côncava. Cingido.
Solto o cabelo, o corpo e a imaginação
Acordo a noite num sussurro, acendo a sedução

Dedo a dedo desço o contorno do dorso
Brinco e beijo. Uso o silêncio no teu mudo verso.
Palmo a palmo em crescendo rimado meço
Cada sílaba respondida baixinho. E recomeço.

Transborda querer a minha tátil escrita
Na linha recta impressa do teu sublinhado ser
Num jogo nu, sem regras, jogo eu e tu,
Desalinho, urgência, numa combustão sem tabu

Como sopa de letras em bocas secas,
Sorve-se límpida a líbido, em notas soltas
E peles desenhadas e tanto, tanto querer,
Num duplo e concomitante mútuo prazer

Rute Pio Lopes






SEDUZ -ME

Vem ...
Seduz-me por prazer
Na vontade insaciável de te ter
Deixa-me desnudar esse sentir
O cair de cada peça
Desse corpo que m'atiça
No chão do nosso quarto
Ou na cama de plumas

Vem seduz -me
Rasga já esta blusa
Intrusa da tua mão
Perto do meu coração
Toca de leve no seio
Pois amor assim eu creio
És luar em noite escura
A fartura deste querer

Vem seduz -me
Rebola comigo
No desejo que desperta
Na noite ainda encoberta
Tu sabes e eu sei
Que é fonte de água fresca
Sacíamos a vontade
Presa n ' alma que implora
Vem amor sem demora

Vem seduz-me
Devora meu corpo
O teu que está excitado
Nada é por um acaso
Transborda a poesia
No deleite desta noite
Faz de mim verso e reverso
O orgasmo é poema
No final....declama
A chama em nós
Presente

Anabela Fernandes. 





NÃO ESTOU A FICAR LOUCO.

Amor eu quero ficar
Nesta cama deitado
À espera de te ver chegar
Para te beijar, abraçar e ser amado

Quero os teus lábios morder
Sentir o teu corpo ferver
Não te quero perder
Quero fazer amor até ao amanhecer

Tu és o meu diamante
És um mundo aconchegante
Com esse olhar brilhante
Fazes de mim ser teu amante

Da cama, não me vais deixar sair
Porque algo de bom estás a sentir
Me lambes onde eu te pedir
Juntos, ao Céu vamos subir

Não estou a ficar louco
Acertei na pontaria
Confesso que ainda achei pouco
Temos que repetir outro dia

José Martinho.




“DESPERTAR”
Despertas em meu corpo
num suave toque
que me deixa entorpecida
Sentimentos ao rubro
corpos que se colam
bocas que se beijam
pernas que se entrelaçam
Caricias sem fim
numa melodia
que parece poesia
Dó-ré- mi
soletras baixinho
Percorres-me sem tempos
como se dedilhasses
a tua guitarra
gemidos sentidos
como um raio de sol
naquela janela mágica
Sensações e amor
numa cadência sem par
num segredar de sentimentos
O amor anda no ar
sedução e paixão…
Cumplicidade…
Numa tarde amena
amamos assim
numa partilha sem fim
No ocaso da vida…
Onde ainda…
Há muito para viver…
“BRASA” MAGD BRAZINHA. 





 PORQUÊ PALAVRAS!

São poucas as palavras!
Que se cruzam no nosso tempo
Dás-me a quietude de mar calmo
Quando me abraças e beijas
Olhado-me com muita meiguice.
São poucas as palavras!
Navego no teu amor com ternura
Mas muita alegria e amizade
De um puro e perene amor
Que se traduz em afeição
Somos ricos no sonhar e no amar.
São poucas as palavras!
Porque os teus olhos me dizem tudo
Caminhamos de mãos dadas
Com o carinho que me mereces
Fazes compreender-me que és meu
Apenas meu… eu me deleito e fico feliz.
São poucas as Palavras!
Quando os sentires e desejos
Afloram os nossos corpos
Na sua junção plena de afectos
Que nos entregamos com fulgor
Num pleno enlace de amor.
Não são precisas palavras!
Porque a verdade e a cumplicidade
Existem nos nossos corações
E sabem analisar os nossos sentires
E a necessidade dos nossos corpos
De termos momentos mágicos de prazer.

Rosete Cansado 




 Sentes!
Sentes a queimar esta vontade que tenho em te agarrar!
Em esmiuçar com arrojo este desejo e a ti me entregar com um tentador e húmido beijo!
Sentes este querer que te quer?
O poder que brota do meu ser?
Esta loucura de te ter só pra mim!
Perdurando esta vontade num frenesim inconsequente...
Sentes?
Sentes, quando a ti me ofereço indolente de corpo e mente, de coração aberto, espraiando o meu querer.
Ahhh...
Que sentir este desperto, a descoberto, entontecendo-me de prazer....
Sentes?
Sentes esta vontade em te ter?
Vem ter comigo e ao ouvido me dizer, o que sentes...
Pressentes o que quero de ti assim que te vi!
Diz-me amor...
Não me faças pedir por favor...

Autora: Fátima Andrade 





 Sentir-te

Sentir-te
Ao meu lado
É amar-te
É falar-te
Em palavras
De amor.

Sentir-te
Ao meu lado
É escrever-te
Um poema
A dizer
Que eu
Te amo.

Sentir-te
Ao meu lado
É viver
No mundo
Da lua
E flutuar
No céu.

Sentir-te
Ao meu lado
É tudo o que
Eu preciso
Pois só tu
Me levas
Ao paraíso .
___________________________
---Tu és o dono do meu coração
E só a ti eu amo com paixão---

Mila Lopes 




 O ESPELHO.

O espelho os observa,
Num reflexo de luz,
Também ele se seduz.
Com tudo o que observa.

Corpos que se dão ao lazer,
Debruados a paixão,
Em luxúria e devassidão,
No âmago do prazer.

O espelho louco e embaciado,
Pelo emanar de tanto desejo,
Pede ao tempo um só beijo,
Um que seja bem ousado.

O beijo tomou a liberdade
Foi por demais ousado.
Deixou o espelho apaixonado,
Sem noção da realidade.

Autora Maria Gomes Pereira Cabana 







 22-02-2019

Anjo desajeitado

Foi aquela meia,
A meado da perna, que me dividiu
Há metade de mim que acelera em cada veia
A outra, já pensou ruim por mim. Já a despiu.

Foi àquela nua perna meia,
Que o meu palato velhaco sucumbiu
Sob um olhar cativo, a invisível mão palmeia
E o meu restolho ousado em espiral subiu

Rompo com estrondo o tempo,
E no teu corpo transbordando de intento
Rasgo a virtude que me faz de ti enamorado,
Sou, sem dúvida o teu anjo desajeitado!
Em secretos anéis perfumados da longa e negra boquilha
conduzes-me em gozo sem dolo até à pontiaguda forquilha

Rute Pio Lopes 





 SIM AFIRMO

Sim, afirmo declaradamente
Que tenho fome, vontade de ti
Desejo de fusão carnal
Meu coração bate a descompasso
Meu corpo anseia o teu doce abraço
O vento sopra lá fora…
O relógio, o adiantado da hora…
Toco o teu rosto sereno adormecido
Acordas, sorridente e tranquilo
Sussurro-te ao ouvido
É fogo que aquece o teu olhar
É vontade que te faz imaginar
É sedução pura naquele momento
Afasta-se o sono e o sonho
Esquecem-se as horas
Acorda-se a alma
E o desejo, os beijos, o prazer
O movimento preciso, o desconexo
Corpos quentes que se entregam
Que se desnudam e se esfregam
Tua boca sôfrega desce em mim
Percorre-me a pele acordando arrepios
E gemidos incontidos, sem fim
A voz enrouquece, murmúrios
E acorda o silêncio…
A posse, a dádiva unicamente por querer
Somos um só
E é assim que gostamos de ser
Sim, afirmo declaradamente
Que tenho fome, vontade de ti
Sempre, incondicionalmente
E mais uma vez… enlouqueci.

Nanda Rocha 






 CORAÇÃO É VERBO AMAR.

Coração aprisionado
Que bate por luxúria e sedução.
Bate, bate, está parado.
Coração quer é ação.

Sonha com corpos perfeitos,
Possuir uma alma gêmea,
Todos eles têm defeitos.
Só não os tem a sua fêmea.

Coração que é bandido,
Dá beijos arrebatadores,
Tudo a ele é permitido,
Tem amores e mais amores.

Coração nasceu para ousar.
Levar o corpo a loucura.
Se deleita no verbo amar,
Com sua essência mais pura.

Autora Maria Gomes Pereira Cabana 






GOSTO DE TE AMAR.

Eu gosto de te amar
Porque amar é muito bom
Eu gosto de beijar
Os teus lábios com batom

Gosto de ouvir a tua voz
Gosto do teu modo de olhar
Gosto de quando estamos sós
Gosto imenso de te amar

Gosto de te amar pela razão
De seres simples e sem vaidade
A pedido do meu coração
Vais ser minha, até à eternidade

Amo-te com prazer
Sem limites nem fronteiras
Na minha cama gosto de te ter
E fazer amor de varias maneiras

Deus fez-te nascer
Também fez-te vingar
Só tenho que lhe agradecer
Por ele uma linda mulher me dar.

José Martinho






 SOB O LUAR

Quando a noite chegar,
a terra adormecerá,
o luar será a única luz que nos olha.
Sinto a melancolia,
de não estares sempre junto a mim,
mas,fica comigo no sonho desta noite.
Se o céu estrelado escurecer
a montanha desmoronar,
não chorarei uma lágrima,
enquanto estiveres comigo.
Fica, até ao amanhecer
nada recearás.
Abriga a parte do teu arrebol
guarda-o para mim,
para te ver em paisagem edílica,
de cútis trigueira de sol,
com o perfume do jasmim
do teu corpo amante
e a lua suspensa
entre o meu sonho de bruma,
a esconder a escuridão,
enquanto não te contemplo,
num tempo de relógio suspenso.
Quero ver-te claramente,
aproximando-te,
como doce outono,
encaminhando o carinho para mim.
A mais doce canção,
quero ouvi-la,
da tua boca
na liberdade de um beijo.

José Lopes da Nave




 Voos de prazer

Vou versar com prazer
Pois o que vou escrever
É pura e simples ilusão,
Podem pensar que é maldade
Mas quem tem esta mentalidade
Nunca sentiu bater o seu coração.
São breves momentos Escaldantes
Como o voo de Águias rasantes
Tentando entrar no teu peito,
Mas são voos momentâneos
Dos mais contemporâneos
Pois pode ou não ser perfeito.
Vou sobrevoando em teu redor
Para encontrar a forma melhor
De dentro e ti poder entrar,
Nas sempre que eu tento
Tu fechas-te no momento
E não consigo em ti penetrar.
Faço novo voo, nova tentativa
Pois já me sinto à deriva
Será que tens o coração fechado,
Mas deste-me um dia a chave
Para que não houvesse entrave
Terás a fechadura trocado?
Mas como sou persistente
Vou tentar novamente
No teu coração aterrar,
Não feixes, a luz dos olhos teus
Para que eu possa ver com os meus
O lugar para eu poder entrar.
Lá me fiz ao teu corpo outra vez
Sem ter a pura certeza talvez
De no teu corpo aterrar,
Pois tinha a sensação
Que tinha a chave do teu coração
Mas lá me voltei a enganar.
Lá voltei s subir e sobrevoar
Para do alto tentar verificar
Se querias ou não que eu entrasse,
Lá por fim me deixas-te aterrar
E com os meu braços te abraçar
E deixaste que por fim te amasse…José Duarte Soares, E HAJA SAÚDE  





 "Inquietude"

Uma permanente inquietude
para tudo o que quero ser, chega aos solavancos.
Entro em ebulição de tantos prazeres.
Não dou tréguas ao meu corpo...
Não! Sem antes tu "o" reveres com as tuas mãos, o teu olhar, a tua boca... os teus sentidos.
Faz-me ansiar por estes sentires desmedidos onde perco a razão!
Faz-me gritar as palavras sim e não...
Sim quero! Quero mais!
Não pares, perante os meus ais.
Inquieta-me!
Soletra-me!
Penetra-me com o teu amor!
Dá-me este prazer redentor, que me faz ficar de olhos vidrados, extasiados... Apaixonados...
numa permanente inquietude...
Quero! ...
Quero que me proves amiúde.
E de prazeres tantos, chegando aos solavancos... para tudo o que quero ser...
Basta...
Basta pra isso ao meu lado te ter.

Autora: Fátima Andrade





CONTIGO, AMOR, É SEMPRE HOJE
.
O pretérito atónito, contigo, amor, é sempre hoje
Nos lábios que soletram línguas estranhas
Que beijam pétalas: são os teus
E eu me delicio nesse sentimento
Que me invade e agradeço (o teu)
Ainda mais palpitante e lindo do que o meu! 🙂
Nesse corpo único, que se deixa amar
E invadir pelo meu que te deseja...
Debaixo do represeiro de casca branca
Onde as folhas vermelhas dançam no teu olhar
Entro em ti e tu em mim e amamo-nos:
Mais do que ontem menos do que amanhã: hoje!
.
.
Pj.Conde-Paulino




 INEBRIANTE PRAZER

Tenho rendas e sedas
Nos olhos certezas
Azuis tão vistosos
Castanhas ,tamanhas
Os lábios cerejas
Que beijas ao luar
Dizes AMAR
Sussurrando ao ouvido
Tocando no seio semi-despido
Meu corpo rendido
No teu é fogueira
Se estou à tua beira
Na ilha ou ilhéu
Vejo o céu
No orgasmo da noite
Voam sentires
Os nossos acasos
Sem embaraços
Deslizam carícias
Fazem as delícias
Na pele acetinada
Sou endiabrada
Ou anjo do amor
Se te quero mais quero
Volta ,eu espero
Iníciamos o jogo
Com as mãos deslizando
Audaz o desejo
Entre as curvas e becos
Desvenda os segredos
INEBRIANTE PRAZER

Anabela Fernandes 




 Noite e Madrugada

A noite estava cálida e amena,
O luar, na tua pele morena,
Mil promessas de amor, me prometia,
Afagos de paixão, tantos te dei
E os beijos de amor, não os contei,
Quando o teu corpo, então, me recebia.

Gemidos soluçantes de prazer,
Fizeram nossos corpos, estremecer,
As gotas de suor, pérolas brilhando,
Olhei no teu olhar e vi ternura,
Beijá-mo-nos na boca com loucura,
Nos braços um do outro, suspirando.

Mas já a madrugada, despontava,
E o sol no horizonte, acordava,
Subindo lentamente pelo Céu,
Na noite de paixão que então vivemos,
Juras de amor eterno, prometemos,
Mas foste apenas, sonho, que morreu.

António Henriques 






 “Inquietude”

Na ânsia de beber contigo um copo
À noite ao luar vendo asteriscos
No jardim de aromas embriagantes
Na ventura de cativar estrelas gigantes.

Com receio de que o cupido num instante
Nos pegasse e fizesse amor pecante
Só correndo e fugindo em seu encalço
Cessaríamos nosso rasto mágico, contagiante.

Alvoroço naquele caminho estreito
Em que a ordem tinha sido dada
Para não fugires mais do meu peito

Na vastidão do nosso despido leito
Fosse eu somente a tua amada
Que o céu escalasse com respeito.

Lurdes Bernardo





 SENTE

Suga-me os meus sentidos,
e faz deles os teus abrigos.
Ama-me como só o amor sabe amar,
leva-me nos teus encantos
e deixa-me sonhar.
Ama-me na cama ou no chão,
dá-me o teu amor
e faz-me sentir;
o exilir da Paixão.
Abraça-te a mim
sente o calor do meu corpo
sente-me num todo
com a leveza da tua mão.
Leva-me aos céus,
entrega-te aos sonhos meus
sente os nossos corpos
na dualidade da coesão.

Florinda Dias 





“ACORDAR”
Oiço o barulho da rua, em camara lenta
os carros buzina
Volto-me para o outro lado
amanhece tarde
Está frio mas ardo em paixão
Abro os olhos, estás a meu lado
ainda dormes, calmo e sereno
indiferente aos ruídos da rua
e ao meu desejo de amar
que não invadem os teus sonhos
Descanso a cabeça no braço
o sol rasga-se num sorriso
entrando pela abertura do cortinado
faz arabescos na parede
Denuncia o amor, que baila em mim
nestes lençóis enrodilhados
perna para dentro
perna para fora
Abraço-te, enrosco-me…
Tens um ar feliz, não resisto
acaricio o teu rosto
os teus cabelos
Gostava que os usasses
comprido atrás e fizesses um rabicho
Ris-te sempre que digo isto
Despertas… enroscamo-nos um no outro
Balbucias e não te percebo
viras-te e puxas-me para ti
Beijas-me sofregamente
aninhamos o desejo presente
respiro a alegria de te sentir em mim
De saber que estás aqui…amamos…
Até o dia nascer e sorrir…
“BRASA” MAGDA BRAZINHA 






 Vem amor …
Dá-me tua mão
vem comigo
deixa-te levar
para meu sonho.
Vem amor …
Vem devagarinho
e descobre os segredos
que a minh’alma
guarda.
Vem amor …
Deixa que as minhas palavras
sejam ditas no sopro
da tua respiração
e guardas todas no teu coração-
vem amor …
Fala com carinho
de tudo o que tu sentes
de tudo que queres
e desejas de mim.
Vem amor…
Desvenda os meus segredos
ama-me com carinho
e guia-me sempre
pelos caminhos
do amor -

Mila Lopes





 AO LUAR

A noite,
Nós a lua cheia.
Esse luar de seda pregue-ado que veste as árvores
Os silencios estridentes do olhar
O dizeres num mudo querer
Quero agora aqui poder amar-te!
Ah! como eu te desejava
E foi ali.
Nessa cama de caruma acetinada.
Despiram os ventos suaves nossas vestes.
Era nossa pele faminta um prado
Tuas mãos pétalas de lirios
Enfeitavas-me...
Acariciaste-me!
Despojados de tudo menos dos sentidos
Fomos as poses sublimes
Desse desejo de mel e sal
Era só o palpitar dos nossos corações,
E mais mais não digo.
Tudo foi sussurro, melodia
Até rasgar o dia.

Augusta Maria Gonçalves. 







15-02-2019

DESEJO.

Tenho apenas um desejo
E uma grande vontade
Que na boca me dês um beijo
De amor ou amizade

Não há maior riqueza
Do que amar sem condição
No meio da natureza
Numa qualquer posição

Se um dia me disseres que não
Feres o meu interior
Destroças o meu coração
Que por ti morre de amor

Gosto que me digas sim
Não gosto que me digas não
Tu és tudo para mim
Que trago no coração

Pelas ruas vou caminhando
Comigo o teu amor também vai
Vou caminhando e suspirando
De vez em quando solto um ai

Esses teus esquivos sorrisos
Que assomem na tua boca
Enfraquecem-te o juízo
E podes dar em louca

Não quero viver na solidão
Nem de sentimentos vazios
Quero ter sangue no coração
Como água tem os Rios.

José Martinho 






 Dá-me a tua mão

Dá-me a tua mão!
Arranca de mim esta solidão
Sussurra-me baixinho
Palavras com emoção
Palavras de carinho
Palavras de paixão!
Dá-me a tua mão!
Leva-me a ver o mar
Dá-me o teu perdão
Ensina-me a perdoar!...
Dá-me a tua mão!
Caminha a meu lado
Diz que não foi em vão
Este sofrimento passado
Esta triste ilusão
De te querer...e não te ter!
Novamente a meu lado!

Alice Cunha






 ESTA VONTADE LOUCA

Esta vontade frenética de te ter
De te sentir em mim
Faz-me ter sonhos libidinosos
Fogosos… acordo em frenesim
Esta vontade louca de te amar
De te ter e de me dar
Me consome… e não tem nome
Este súbito arrepio que me denuncia
E tu não estás… a cama está fria
Povoam-me as lembranças de ti
O amor escaldante que contigo vivi
E deixo-me ficar nelas
Nas lembranças com que adormeço
Nas orações que rezo, onde peço
Para de novo te voltar a ver
Sei que um dia te voltarei a amar
Sei que um dia tu vais voltar
Quimera ou ilusão…
Desejo, pura sedução…
E de novo faço amor contigo
Estamos naquele nicho, nosso abrigo
As águas do rio murmuram
As nossas mãos hábeis se procuram
Nossas bocas sedentas se tocam,
Se saboreiam num delicioso manjar
Queremos mais, muito mais
Soltamos gemidos e ais
Não conseguimos parar
… antes do orgasmo acontecer
O supremo acto do prazer
Acordo e tristemente posso ver
… o quarto está escuro e frio
O meu peito rapidamente fica vazio
E na boca fica um sabor estranho
Grande, sem tamanho
Como o amor que te dedico
E assim fico…
Com o sonho inacabado
Sem te ter ali ao meu lado
Olhos marejados, quase a chorar
E esta vontade louca e frenética
Que tenho de te ter e de te amar.

Nanda Rocha





 “Melodias”

Em todos os dias que passo a correr
Vivo melodias que escuto ao conviver
Antes que se aprece e a vida se acabe
Não quero perder meu talento chave.

Passo por ti, deixo o meu canto guardado
Naquele jardim que colori no passado
Tenho teus beijos sempre presentes
Vividos em desejos ardentes.

É assim a paixão do meu coração
De um sedento amor que me enlouquece
Derramando no corpo chama que entontece
Em escaldes momentos que a vida amortece.

Cantem hinos e os anjos toquem violinos
Voem com as asas do desejo e confiança
Sigam-se os caminhos do bem e do amor
Onde só de carinhos se viva sem dor.

Lurdes Bernardo





 AO LUAR

Os últimos laivos de sol raiados
Brincavam connosco
Na areia da praia.

Enquanto deitados,
As ondas tépidas
Beijavam-nos os pés ternamente
Como as carícias que trocávamos
Afectuosamente.

Alongada, olhavas-me
Sorrindo,
Fascinavas-me
Com teu corpo florindo
Em tuas mãos acalentado
Nele me sentindo
Por teus braços apresado.

Em revolta agitados
Corpos cingidos
Em amplexos
Fundidos
Entre
Beijos
Trocados
Encantados.

Pelo luar

José Lopes da Nave






Provocante

Ao exibir tua silhueta,
De forma provocatória.
Contigo ninguém se meta.
Pois, perde logo a trajetória.

Curvas bem delineadas,
Teu gingar as enaltece.
Pedem para serem tocadas,
E a todos isso apetece.

Tão maroto esse sorriso,
De gargalhada estridente,
Fazes perder o juízo,
Com esse jeito caliente.

Como sabes que assim o és,
Dá-te prazer provocar.
Tens homens e homens a teus pés,
Loucos, loucos para te amar.

Autora Maria Gomes Pereira Cabana 






 Estremeço...
Sinto o meu rosto escaldar
quando mordes os lábios
e me despes com o olhar

Na distancia, padeço
e percorro, louca,
num suave trautear
os contornos da tua boca

E nessa instância...
Sem nos tocar,
nossos corpos em rubor
numa dança, fazem amor.

Leonor Nepomuceno. 





“RENDO-ME”
Rendo-me á chamada do amor
Sorvo o beijo molhado
Deixo que as palavras me envolvam
Sacio-me da tua boca
Rego os sonhos
Com a tua avidez
Estou sedenta
Meu corpo vira novelo
Enrolo-me em ti
Viajo neste momento
Na ansiedade de te ter
São crepúsculos de amor
Levito na nossa sensualidade
neste sorvo de amar
Rasuro a paisagem
Deixo-me ir
Nas tuas areis movediças
Numa entrega total
Disfarço um tremor
Minhas asas abertas
Iluminam as trevas da noite
Faminta de ti
Escrevo no teu corpo suado
Desvelo de amor
Sinto a tua pele em mim
Ouço ao longe
A nossa melodia de amor…
“BRASA” MAGDA BRAZINHA 






É URGENTE
*
Lábios que me beijam...
ao sol nascente são fragrâncias na pele dos meus.

Deslizo
na suavidade dos teus:
no colo de ternura arrepiante

Delicias-me:
no contorno do teu corpo
nesta viagem onde te encontro.

Apaixono-me: assim:
deitada na relva.

Abres-te em silêncio e sem palavra.
Adivinho-te e beijo-te os pés
e assim és:
ainda mais deliciosa.

Em ti, viajo
nos joelhos de princesa
nas coxas entreabertas de carícias.

Solto as mãos e sinto o que sentes
fremente:
molhada, na relva deslizante.

Gemes:
no sussurro solto
sem medo, morres de novo
ressurgindo
dentro de ti, aqui
neste lugar de núpcias.
não somos mais dois
mas um só, entre orgasmos
múltiplos e sem sevícias
nos beijos molhados
e na urgência das carícias.

PjConde-Paulino 






 ...Percorro-te
E assim
...Me começo

Cada dedo
...Teu
Um poro
...meu
Acende

Enquanto lá fora
Não é
...Dia
Não é
...Noite
Nem há
Nenhum
Minuto
..Ou hora

Varre-se a razão
Não sei
...De mim
A não ser
A forte batida
Do meu coração
...e suor

O teu
Sai-te pelos
Olhos
..Acesos
E a palavra
...morre

Sózinho o corpo
...balança
...dança
...Rebola
Estira-se
E
...contrai-se

Minto para
Mim
Que estou
...Aqui
Mentes
Tu
Parenço
...Estar

Nenhum de nós
...É presente
neste instante
...Supremo
Em que
Só se ouvem
...silêncios
De silabas
E sobram
...desconexas
Oscilações

Enquanto
Lá fora
Não é
...Dia
Não é
...Noite
Nem a madrugada
Sabe
Se chegou
...ou chegará
A Aurora

ANA MARQUES






08-02-2019 
 INCOLOR

Visto-me de azul, enquanto te espero
Dizem que o azul é uma cor fria
Podia vestir-me de vermelho, mas não quero
Hoje sinto-me tranquila, serena, calmaria
Quando chegares, talvez venhas cansado
Ou não… talvez chegues sorridente e afoite
No nosso leito quente e aconchegado
Vou beijar-te, abraçar-te e dizer-te: boa noite
Depois… não importa a cor da camisa
Se estou mal ou bem vestida
Teu corpo quente que no meu desliza
Me ama numa ânsia incontida
Amo-te, ao teu ouvido sussurrei
Sorriste e beijaste minha boca
Por vontade própria em ti naufraguei
Numa volúpia intensa, quase louca
Quem foi que disse que a cor azul é fria?
Quem disse que vermelho é a cor do amor?
Azul ou vermelho, não importa, é utopia
O amor verdadeiro… é incolor!

Nanda Rocha 





HOJE É À LAGARDERE

Os teus braços no meu pescoço
Os meus na tua cintura
Quando ainda eu era moço
Na tua varanda, numa noite escura

Fazias-me muitos miminhos
Num banco sentados
Eu te dava muitos beijinhos
Com os meus lábios molhados

Apesar de estarmos a ser vigiados
Mantínhamos sempre unidos
Quando os teus pais estavam descuidados
Era-mos muito atrevidos

Aproveitávamos bem a distração
Dos teus progenitores
Formávamos um único coração
E gozávamos os nossos amores

A noite escura era nossa amiga
Os teus pais tinham dificuldade em nos ver
Mesmo namorando à moda antiga
Muitas coisas boas, conseguia-mos fazer

Hoje é à lagardere
Ninguém vigia nada
Faz-se amor quando quiser
Na varanda ou na escada

O tempo já passou
E nós ficámos idosos
Mas a experiência em nós ficou
Continuamos amorosos.

José Martinho



 Tu e só Tu

Me esperas nas noites mais frias
me abraças, me aqueces
e o meu corpo enebrias.
Fazes-me um sinal
e basta... basta-me isso
Basta-me saber que estás
sempre que eu preciso.
Caliente sinto o calor do teu corpo sedoso
meigamente sugo o teu beijo carinhoso,
olhos-nos-olhos num olhar tão terno
sinto um arrepio.
sinto o teu calor
o teu amor
qual frio...?
O quarto aqueceu
foi o nu dos nossos corpos.
a fonte de calor, fomos nós
!... Tu e Eu...!

Florinda Dias




 No teu peito nu,
ressalta um desejo cru, e toda eu te quero absover.
Deixa amor...
Deixa...
Este cru desejo, acontecer.

POR: Fátima Andrade





Queria adormecer

Queria adormecer
E ao acordar
A meu lado te ter
Para te poder abraçar
Queria contemplar-te
Não somente em sonhos
Novamente amar-te
E sorrir nos teus olhos
Queria depositar
No teu corpo uma carícia
A alma a pairar
Amor sem malícia
Queria nos teus braços
Deixar-me desfalecer
Perder-me sem embaraços
Até o dia nascer

Queria tudo!...
Queria ter-te neste Mundo!

Alice Cunha





  FLORESTAS DENSAS E HÚMIDAS

O tempo está húmido e quente
O que por cá é consequente
E por sinal um pouco escorregadio,
Deve-se tomar cuidado ao entrar
E na forma de se trabalhar
E que fique satisfeito que pediu.
É uma zona um pouco profunda
Mais ou menos na zona da Bunda
Numa zona mais ou menos arborizada,
É uma zona um pouco confusa
Tudo depende de quem a usa
Depois de provar não quer mais nada.
Tem altura que fica enevoado
Um tanto ou quanto alagado
Mas por vezes de fácil acesso,
É uma floresta perigosa e densa
Mas correr o risco recompensa
Tanto na entrada como no regresso.
É uma gruta muito segura
Mas depende da altura
Em que se pretende lá entrar,
Porque só tem uma entrada
Depois de se entrar não se vê nada
E se penetra muito fundo fica-se sem ar.
Mas é uma gruta muito perfeita
Mesmo de pé Ó quando se deita
Tudo dependo do gosto ou do prazer,
Mas nesta floresta quero ser lenhador
Abrir brechas com alegria e amor
para trabalhar até morrer… E HAJA SAÚDE José Duarte Soares, 





 BOCAS SENSUAIS.

Tão ávidas as bocas,
Famintas de prazer,
Agem como loucas,
O querendo ter.

Bocas sensuais,
São postas à prova,
Se dizem banais!
Algum de vós concorda?

Bocas que conhecem,
O tocar do beijo,
Logo enlouquecem,
De tanto desejo.

Bocas beijadas,ousadas,
Acariciadas,apaixonadas,
Molhadas,danadas, amadas,
Nunca paradas,um enfim de adas.

Quando extenuadas,
De tanta loucura,
Pela paixão idolatradas,
Se a paixão perdura!

E se a paixão morrer?
Restará o nosso amor!
Tão doce prazer,
Tua boca amor!

Autora Maria Gomes Pereira Cabana





 FIGOS E MORANGOS...

Era um recriar do paraíso.
Aves exuberantes de cores ancestrais.
Pintadas penas a ouro do antigo.
Por finas pontas de pincéis irreais.

Surgiam daqui de mais além
Mulheres formosas talvez deusas
Ou apenas utopias de um visionário
Ele era um faminto de belezas

Sonhava essas deusas todas suas.
Estendia o dedo e escolhia,
A sua eleita cada dia
Libertava.as dos véus
Admirando curvas e nudez
Creiam que se comovia e chorava.

Depois...
Dançavam melodias sensuais.
Ensaiavam amando em rituais.
Nas trilhas incertas adentravam.
Colhiam uvas, depenicavam.
Figos ó fruto carnudo tão macio.
Depois são os morangos delicados.
Saciam-se,
Colhem e comem,
Esses frutos do amor,
Sabiam-lhe a pecado
Esse que é deliciosamente saboreado.

Augusta Maria Gonçalves,













01-02-2019 
OS DOIS SOMOS SÓ UM.

Tu e eu meu amor
Os dois somos só um
Que o nosso grande amor
Nunca falte a nenhum

A tua mão me segura
Confiança me é dada
Os teus lábios os meus procura
És por mim apaixonada

Tens uma alma bastante pura
Por isso és a minha amada
Nunca te senti insegura
Mesmo quando estás a ser beijada

Rir gosto de te ver
Estejas nua ou vestida
Sinto um enorme prazer
Estar contigo nesta vida

Quando não te vejo tenho saudade
Que me faz atormentar
Quero-te junto a mim até à eternidade
E ser livre para te amar.

José Martinho. 





 SEJAMOS VIDA

Espero por ti, fogosamente
Guardo os beijos que ainda não te dei
Fervilho de amor ardentemente
E imagino o que te direi
Vou sussurrar-te ao ouvido
Com a voz rouca de desejo
Vou usar o meu sexto sentido
E afogar-te com meu beijo
Quero-te e quero-me a mim
Nesta noite que vai começar
Em delírio, autêntico festim
A conjugar o verbo amar
Espero por ti…
Como quem espera o amanhecer
Espero por ti…
Vem, preenche-me de prazer
Espero por ti…
Vem, chega destemido
Espero por ti…
Solta em mim o grito, o gemido
Sejamos silêncio, sejamos poema
Sejamos essência, sejamos querer
Sejamos entrega, dádiva suprema
Sejamos vida… a acontecer.

Nanda Rocha 




 NO NOSSO LEITO

No leito onde me deito
chegas tu, meio sem jeito
tocas-me com carinho
falas-me ao ouvido baixinho
e eu... meia adormecida
sinto em ti a guarida
sinto como o teu amor me fascina
recordo a nossa primeira vez
em que; eu era a(inda) uma menina
jovem, fresca que te olhava com ternura
e tu jovem também me querias com loucura
e... o amor aconteceu
e... até hoje a(inda) te sinto em candura
e... até hoje te sinto um companheiro
na cama, no chão, na vida!
És único... fostes e és
O primeiro.
Amo-te e venero
O teu cheiro.
Amo e quero o teu enlaço
para sempre, e enquanto o sempre existir!
Preciso de Ti e do teu abraço.
A sensualida bem que nos leva por aí
e é a idade que nos prende!
Gostas de mim e eu!
Gosto de Ti.

Florinda Dias 





 Sensações

Sonho contigo!
Acordo!
Acendo um cigarro…
E fico calmamente
Saboreando…
O sonho traz-me
Sensações já esquecidas
Guardadas em mim!
Não perdidas!
Sinto-te a segurares
Minha mão…
A acariciar meu corpo nu!
Sinto a tua pele macia…
Junto à minha!
Até arrepia!
Teus lábios de mel…
Meu corpo beijam…
Sem parar!
Não quero acordar!
Quero ficar assim…
Até o dia raiar!

Alice Cunha 




 De ti...

De ti...
Quero um beijo molhado
Aquele... ardente
Eterno... demorado
Conscientemente
Magicamente
Consumado...
De ti...
Quero o teu corpo
Lânguidamente
Em mim absorto
Infinitamente...
Quero sangue efervescente
Desejo febril
De carícias carente
Movimento consecutivo, viril
No corpo latente...
De ti...
Quero o mundo
O teu coração
Quero tudo
Plena satisfação
Lugar seguro
Perfeita conexão...
De ti...
Quero amor e o invoco
Porta aberta
A ti...
Eu convoco
Simbiose certa...
De ti...
Quero a certeza
De seres o caminho
A minha fortaleza
O meu destino...

Fernanda Moreira 





 AMAR É QUERER,

Quero amar-te ternamente
Neste tempo que é nosso,
Sentindo que no presente
Dou-te tudo quanto posso.
Amas-me de igual forma
Estou certa podes crer,
Que este amor que nos liga
Está todos os dias a crescer.
Talvez sejamos loucos
Por tanto nos querermos
Mas o amor por si é louco
Vamos dar-lhe o que ele quiser.
Começamos por um beijo,
Que nos fez reviver de novo
Sem que déssemos por isso
Fomos sempre avançando.
Hoje somos inseparáveis
E nos amamos com fulgor
Cada dia é um dia,
Mas sempre com muito amor.
Quando sentimos desejo
De nossos corpos unir
Reunimo-nos com cumplicidade
Com carinho e muita paixão
Sentindo os nossos corpos a fluir,
No desejo de loucura
Nos sentimos como as flores a florir.
É lindo e encantador este amor tão só nosso
Que vivemos com alegria e serenidade
Importa apenas o que sentimos e vivemos
No outono da nossa idade.
Amar é querer.
Se a vida nos juntou
Façamos tudo a que temos direito
Porque quando o amor é puro e sincero
Achamos que tudo para nós é perfeito.
Amar é querer.

Rosete Cansado





 SENTIRES

Os sentires sonham insatisfeitos,
Envoltos por sedutoras fantasias.
Apelam por arrebatadores momentos,
Que os façam esquecer as noites frias.

Os sentires são provocados,
Pelo olhar e o movimento.
Querem eles ser tocados ,
Ao tocar do sentimento.

Os sentires quando se deitam,
Na cama com seus amores.
Nunca as carícias rejeitam,
São uns perfeitos sedutores.

Eles São alma ,eles são corpo,
Desde os nossos ancestrais.
Jamais fazem corpo morto,
Querem sempre ,sempre mais.

Autora Maria Gomes Pereira Cabana





 BEIJO REPARTIDO

Beijo repartido
Quando estou contigo
Momentos delirantes
Danças na minha pele
Por breves instantes
Voam sentires
Repletos de emoções
Audazes desejos
Sopros de carinho
Nos lençóis de linho
Concubina Sou
A ti me dou
D'alma e coração
Em vagas de calor
Sentimos o quão quente
Amor ,vulcão
Hoje presente
Estrelas cintilantes
São olhares cruzados
No ímpeto saber
De quem sabe amar ....
Tu e eu

Anabela Fernandes





“INQUIETAS-ME”
Inquietas-me…
Quando danças comigo
a dança do amor
Quando me enlaças…
Sigo o teu olhar
as mãos tocam-se
os corpos beijam-se
A música envolve-nos
no seu ritmo quente
Rasgas-me a alma
quando roças minha pele
somos um só
Lentamente…
Guias os meus passos
voamos na dança
soltamos as asas
volteamos ao sabor da música
Sigo o teu compasso
os pés parecem voar
os gestos intensos
sensuais e quentes
Nada nos detém…
Flutuamos …
Amamos no calor dos corpos
embrulho-me no teu beijo
a tua magia contagia
sigo o teu voo
Agarro o teu corpo sinuoso…
Perco-me em ti…
Inquietas-me…
“BRASA” MAGDA BRAZINHA





 TEMPORAL DE AMOR

Diz-me onde estais
Ou para onde vais
Com este temporal,
Olha estou aqui
Bem perto de ti
No sítio habitual.
Tu sabes onde estou
No pouco que restou
Dos nossos lençóis de linho,
Quem sabe já te esqueceste
Onde tantas vezes te aqueceste
Do meu colo onde te dava carinho.
Sabes onde me podes encontrar
Vem depressa, vem-me abraçar
Desfruta sem medo do meu calor,
Não me esqueci de como gostavas
Da forma que me abraçavas
E do prazer que que sentias,
Feche os olhos sinto e vejo
Sinto o teu corpo, ai! Que desejo
De voltar a ouvir o que me dizias.
Não me deixes nesta aflição
Não magoes mais o meu coração
Vem não tenhas amor receio,
Vem deitar-te a meu lado
Num doce beijo apaixonado
E mordo avidamente o teu seio.
Vem não me deixes acordar
Não deixes que pare de sonhar
Vem-te aquecer no meu calor,
Diz-me o que me costumavas dizer
Que te deixava louca de prazer
Serei sempre tua e tu meu amor… E HAJA SAÚDE, José Duarte Soares 





 A CHUVA CAI
Avistei-te amor
Num arrepio te pensei vestido...
Só de chuva fina, ou alvo linho.
Na tarde obliqua invernal
A lareira iluminava nosso ninho.

Lá fora bramia um vendaval,
Eu no aconchego da nudez,
Te esperava no leito nupcial,
Chegarias faminto, sedento.
Dessa fome carnal
Divinamente tornarias
Terno todo o amor que me darias.

Mas apenas sonho por agora,
Caminhas ainda no encontro
Sei que como em mim
Em ti o sonho brilha,
Na lareira as labaredas se entrelaçam e consomem.

Não tardes,
Vem!
Chega vestido de chuva e linho.
Despe-te da chuva prateada no alpendre
Sacode teus cabelos de azeviche
Entra, trás nos lábios a melodia de beijar
Eu na sôfrega espera
Sou mulher amante
Tenho a minha nudez vestida de carinho.

Augusta Maria Gonçalves .








25-01-2019

 SOL DE INVERNO

Sol de Inverno
que o espírito aquece,
quando o transfigura em alegria
em minha alma entrou
e me aquietou.
Passados os dias anidrizados
de alma acalmada,
primavera a assomar
um bem -me- quer
a florescer,
uma vida nova a renascer
com vontade de crescer,
a reviver.
O sol me apareceu,
entre estrelas e o luar
me adormeceu
em sono de Morfeu,
a sonhar.
Madrugadas de delírio, amoroso.

José Lopes da Nave 





NÃO FOI NADA INDECENTE.

Uma noite junto passámos
deitados num sofá
Um ao outro nos agarrámos
Só nós sabemos o que aconteceu lá

Tinha-mos muita vontade
de um dia estarmos sós
Fazer amor já tinha-mos saudade
Mas havia uma barreira entre nós

Ultrapassámos essa barreira
Deu-nos muito que fazer
Mas valeu a pena, Fizemos amor à nossa maneira
Com muito, frenesim, gosto e prazer

As tuas pernas juntas encolhiam
Em movimentos constantes
Friccionavam nas minhas, que bem que me sabia
Vivemos momentos delirantes

Quando beijava os teus seios durinhos
E o teu corpo afagava
Com os teus dedos muito meiguinhos
Tocavas-me onde gostava

O que mais fizemos não digo
Não foi nada indecente
Faz qualquer casal amigo
Como fez a gente

José Martinho. 




“APETECES-ME”
Há dias em que fico louca…
Tenho tantas saudades
fazes-me falta
Apeteces-me!
Não sei qual é o mal
dizer que te queria aqui
desejar-te assim…
Apeteces-me mesmo…
O que queres que faça?
agora que não estás
Apeteces-me…
Perco as estribeiras
não quero dizer asneiras
Mas que hei-de fazer?
Vou escrever
talvez o desejo passe
Mas este apetecer!
Qual quê!
As palavras não saem
sinto um frenesim
um apetecer mesmo
Sabes como é?
É como tirar um brinquedo a uma criança…
Fico louca de desejo
passo a língua pelos lábios
sinto o teu gosto
sabes a frutos silvestres
Mordia-te todo…
Lambia-te…Quero e não posso…
Logo hoje que não dá mesmo…
A Gelataria está fechada…
Só abre ao fim de semana…
“BRASA” MAGDA BRAZINHA




"Estavas formosa"

Coloquei na tua trança
Umas pétalas de rosa
Que larguei em tempo real
Num belíssimo entardecer
Estavas formosa
Minha deusa, mulher vistosa.
Num por de sol brilhante
Sedutora me encantaste
Não como amante
Foste sempre o amor
Aquela paixão ardente.
Resvalam por teus seios
seminus
Gotas de suor e lágrimas
Que a tristeza em teus olhos
claros
Largaram em repuxos vagos.
Aconcheguei-te ao meu lado
Em meu ombro repousante
Foi de felicidade a conjuntura
Que trouxe luz à altura
Embora já fosse tarde.

Lurdes Bernardo 




 DIZ-ME ....

Já não sei se sou
Mas eu quero ser
Teu pedaço de lua
Nua na noite
Em sou só tua

Diz-me
Se acabou ou não
Se ainda danço no teu coração
Vem ! Pega na minha mão
Rebola a cintura
Faz mim fartura
Sabor a paixão

Diz-me
Num simples acorde
Do teu contra baixo
Se desejas meu corpo
Deitado no piano
Sendo tecla em ti
No olhar sedução

Diz-me
Já sem demora
Que me devoras
Com sabor amoras
Apanhadas nas silvas
À beira do Tejo
Na Primavera que há-de vir

Não ! Não quero partir
Nem tu desejas
O meu amor almejas
No frente a frente
Querendo bem quente
O nosso elixir

Diz -me um sim ou não
Liberta em nós
Todas amarras
E nas horas vagas
Faz de mim musa
Da tua canção
Sem te esqueceres
Volta no fim da estação

Anabela Fernandes




 HOJE SONHEI-TE

Como vivíamos na nossa aldeia
Em crianças e na escola,
Como tu começas-te a gostar de mim,
Tinhas apenas 14 anos e eu 12 anos
Éramos muito novos…

Hoje sonhei-te!
Na nossa juventude, sem querer namorar contigo
Quando ingressaste na Marinha de Guerra
Quando passaste para os Fuzileiros Especiais.

Hoje sonhei-te!
Que sempre acreditas-te que seria tua,
Que começamos a namorar!
Tinha eu 18 anos e tu 20 anos.
Um namoro quase sempre através de cartas.
Cartas recheadas de amor e carinho…
Poderiam ser ridículas, mas eram os nossos sentires!
Só nos víamos pelas férias e nalguns finais de semana,

Hoje sonhei-te!!
Quando foi o nosso casamento por procuração,
O meu pai foi quem fez de noivo.
Tu estavas em Moçambique, em missão

Hoje sonhei-te!
A nossa noite e núpcias em Sacavém
A primeira vez que fizemos amor…
Senti-me tão feliz e tua, amor.
Era nossa vontade, até mais tu, que eu sermos pais.
E tudo iríamos fazer para que assim fosse.

Hoje sonhei-te!
Que nos nossos momentos escaldantes
Tudo era amor, ternura e prazer.
Pensando sempre no nosso objetivo,
Plantar a semente que nos daria
Ainda mais felicidade.
E foi plantada num momento bem escaldante
Pois nesse dia quando fizemos amor, com fulgor
Foi tão intenso, vibrante e belo para os dois
Que comentamos que eu ia ficar grávida, e fiquei.
Passados 9 meses nasceu um botãozinho lindo
Que nos encheu de alegria e muita esperança
Para o nosso futuro.
Futuro esse que foi demasiado pequeno
Pois tu partiste para sempre, tinha a nossa filha
2 meses e meio.
Esse botãozinha fez-se uma rosa hoje viçosa e linda
Fui mãe e pai para ela, com amor a dobrar.
Todos os dias quando a beijo, faço por mim e por ti.
Pois ela foi o nosso grande desejo
Foi feita com muito amor e num momento
De muito êxtase para nós.
Todos os nossos momentos vividos
Estão guardados numa caixinha de cristal
No reduto do meu coração.
A vida com muito custo teve que continuar…
Outro amor encontrei passado alguns anos,
Mas tu, meu amor estás sempre presente no viver
Dos meus dias.

Rosete Cansado




 Nós
dois
unidos
o teu
corpo
no meu
corpo
perdidos
na essência
de amar
abraços
beijos
segredos

nossos
a cama
é
nosso
ninho,
Gostos
cores
sabores
nós dois
juntos
no mesmo
laço
nos braços
e nas
asas
dos sonhos
da
nossa
vida.

Mila Lopes


  SERÁ PECADO?

Há quem lhes chame pecado,
Aos beijos ousados e quentes.
Mas, será pior pecado,
Se os fizermos ausentes!

O beijo de nosso amado,
De luxúria e desejo.
Abençoado pecado,
Tanto é o desejo do beijo!

Boca a boca em loucura,
Numa atração consentida.
Os beijos servem de cura,
Para certos males da vida.

O beijo é fio condutor,
Dá ele à paixão energia,
Não chamem pecado ao amor,
Ele é fonte de alegria.

Há pecados ,pecadilhos,
Que provocam uis e ais.
São prazer que gera filhos.
E nos transforma em pais!

Autora Maria Gomes Pereira Cabana

 
 



18-01-2019 
 DESPI -ME EM TI

Despi a minha alma
Na tua que é fogo e arde
Sem fazer nenhum alarde
Segui o coração
Dei pinceladas de paixão
Salpicos de amor
Alimentei os momentos
Com toques de retoques
Gengibre e canela
Um licor amendoado
Nos lábios degustado
No corpo já quente
Na cama macia
Despi-me em ti
Puros sentimentos
Abano a cintura
Pequena figura
Somos um só
Revisto o olhar
Deste nosso horizonte
Se mais nós quisermos
Que seja certeza
Num puro cetim
Vives amor dentro de mim

Anabela Fernandes 





“UMA MÃO CHEIA”
Uma mão cheia de tudo, outra mão cheia de nada
assim é o meu amor, ou tudo ou nada
Na mão cheia de tudo cabe o amor que tenho para dar
na mão cheia de nada, o vento que levou os meus amores
O teu sorriso precisa do meu, sou a tua outra metade
deixas o teu cheiro espalhado pelo quarto
deixas o teu amor flutuar no espaço
A tua pele descobre a minha
preciso de me deitar nos teus braços
preciso de acordar e não ser uma folha solta na tua vida
preciso que a melancolia dê lugar á alegria
preciso de escrever nas nuvens o quanto te amo
preciso de existir dentro do que existe em mim
Não quero ter as minhas mãos sozinhas sem o toque das tuas
Quero sentir o teu entrelaço, corpo a corpo
os teus olhos atravessam a luz do teu beijo
toco-te com os olhos, amamos-nos sem palavras
Faço poesia quando beijo a boca gulosa do teu sorriso
só existo contigo, amar até que a noite acabe
Apeteces-me e levas-me nas asas do teu amor
Sou feliz quando me abraças e me amas por inteiro
soletro o segredo do teu olhar
O que ele me diz é o mistério do amor…
Deixa-me olhar-te assim…
Ser tua para sempre…
“BRASA” MAGDA BRAZINHA




GOSTO DE TE TIRAR A ROUPA.

Gosto de te tirar a roupa
E sentir o teu odor
Beijar a tua boca
E amar-te com fervor

Gosto que te vires de costas
E ofereceres-te por inteiro
Colocando-te da forma que gostas
Para fazermos amor verdadeiro

Gosto de te tirar a roupa
E acariciar o teu corpo quente
Até que fiques louca
Para fazeres amor ardente

Sem roupa és uma escultura
Com uma pele muito macia
Afago-a com ternura
E beijo-a com magia

Gosto de te tirar a roupa
Porque me dá um enorme prazer
Com amor beijo a tua boca
Antes de amor fazer

O teu olhar me seduz
De uma forma louca
Amo-te à média luz
Gosto de te tirar a roupa

José Martinho





 PROFUNDO SENTIR

Gosto de sentir em mim
A tua tez transpirada
O teu perfume de jasmim
Depois de por ti, ser amada
Gosto de pousar a cabeça no teu peito
E de me sentir a levitar
Saber que és o meu amor perfeito
E nada mais da vida desejar
Gosto de me sentir absorta
Pela galáxia a viajar
E do teu olhar que me exorta
De novo… a recomeçar
Sem canseira, não me faço rogada
Abraço-me a ti a sorrir
Ser tua outra vez é alvorada
É o Sol em mim a surgir
Ou a Lua no peito, feiticeira
Ou rio a correr no leito
Ou mar ou serra sobranceira
O bater acelerado do teu peito
Será dia… ou noite, nem sei
Sou tua, nem é preciso pedires
Só sei que a mim te deste e eu me dei
No mais profundo dos sentires.

Nanda Rocha





 PROVOCAS-ME

Procuras-me, provocas-me, aqueces-me
Com o teu olhar e com a tua mão
Seduzes-me, excitas-me, incendeias-me
Com o teu calor e com a tua paixão
Encostas-te a mim, sinto-te viril
Doçura, ternura, moldo-me a ti
A minha imaginação voa… a mil
Antevendo o que virá por aí
Enroscas os teus braços à minha volta
E delicadamente me beijas o pescoço
Abraçada assim, sinto-me solta
Morro de prazer… tal como gosto
Depois vais descendo devagarinho
Com as tuas mãos quentes de veludo
Já conheces tão bem o caminho
Sem que peças… entrego-te tudo
Loucura, fogo, temos tudo o que é preciso
Com ânsia vamos tirando a roupa
Contigo me fundo, perco o juízo
Como queria ficar para sempre louca
Para descrever esta loucura boa e sadia
E estes momentos de amor e paixão
Digo que és génio, qual mestre de olaria
E eu sou mulher/barro na tua mão.

Nanda Rocha






 GUITARRA EM MEU CORPO,

O meu corpo é uma guitarra
Dedilhada por tuas mãos
Teus dedos longos e finos
Que suas cordas tocam com sedução.
Para ti não tem segredo!
Sabes todos os compassos
Está sempre bem tratada
Só tu sabes tocá-la e afiná-la
Por isso o seu trinar
É sempre ouvido com amor
Momentos de grande emoção
Que faz vibrar o coração.
A letra é amor puro e sincero
A música é cumplicidade
Que sempre tocas baixinho
Para não acordar a saudade.
Quero-te sempre meu guitarrista
Outro não poderá ser!
Conheces meus gostos e sentires
Não quero outro vir a ter.
Guitarra toca aquela canção
Que nos faz vibrar de amor
Toca baixo e com o coração
Para que eu amo o meu senhor.
Guitarra, amor e fado…
São amigos de longa data e eleição
Por isso te peço com ardor
Toca-me guitarra com sentimento e amor.

Rosete Cansado




 O vento dos apaixonados.

O vento sussurra gemidos.
E seu perfume contagiante,
Aguça todos os sentidos,
De uma forma provocante.

Trás um sorriso angelical,
Cintura fina e vadia,
É um vento sazonal,
Que todo o corpo queria.

Mãos de artista,feiticeiro,
Molda o olhar a seu prazer.
Sua voz de cancioneiro,
Canta até desfalecer.

Árvores perdem a folhagem,
Deixam- do o corpo a descoberto,
O vento à sua passagem.
Foi e não foi correto .

Restam beijos e desejos guardados,
Para quem vier a seguir,
O vento dos apaixonados,
Só eles o permitem sentir.

Autora Maria Gomes Pereira Cabana





 Eles:
Jovens à descoberta deles mesmos.
Sós na noite de gelo e lume.
Ele alto de nobre porte.
Ela, pequena delicada.
Com anelados caracóis ruivos, cor de lume.
Era a cidade na noite um palco baço,
Só a luz dos altos candeeiros
Se filtrava no baixo nevoeiro.
De mãos entrelaçadas
Beijo aceso
O desejo nascia a cada passo
Era o frio que sentiam
Que fazia que fosse mais terno e forte o abraço.
O caminho se fez entre ternuras
A estação de metro era já ali.
Resguardados do vento,da humidade.
Por baixo do nevoeiro,
Tremia dormente a cidade.
Mas ELES de alma incendiada
Reclinaram-se ali,
Sem colcha de seda...
Mas foram a mais bela pintura da fachada,
No entoar de doces beijos e sussurros
Foram a mais bela das pinturas ternurentas.
De todos os grafites que havia por ali.
A moça de cabelos anelados,
Que tinha amado em plena noite.
Tinha-se feito mulher do seu Rubi.

Augusta Maria Gonçalves. 





  União e entrega

Nossos
corpos
bocas
mãos
e pele
transbordam
de cumplicidade
união
e entrega.
Nossos
lábios
navegam
em deliciosos
beijos
juntos
saímos
da terra
e alcançamos
o céu-
Nossa alma
é bordada
numa aura
de emoções .
Amor
sentimentos
sensações
penetram
o nosso
coração.

Mila Lopes





 Sonho ou Realidade...?

O dia chegou,
os nossos olhos se encontraram
e assim dia-após-dia e sem nos tocarmos
a atração nos apresentou.
O tempo passou e sem nos tocarmos
os nossos lábios se beijaram.
E assim de mansinho,
passaste por mim, tocaste na minha mão
falaste-me ao ouvido baixinho,
gosto de ti de Paixão.
E até o dia chegar,
nada tardou
e na realidade, vivemos a felicidade
naquele dia que o amor nos namorou.
Hoje, dou um sorriso ao momento
a(quando o vento tudo levou,
Hoje, fala mais alto o sentimento
de um amor que chegou e... Ficou.
O vento não nos pode levar,
a intensidade d'um olhar.
O vento não pode arrastar
tudo o que de nós ficou.
O vento não pode rasgar
o momento que nos abalou
O vento não pode levar:
Um sonho; que em nós vingou.

Florinda Dias




 SONHOS E DESILUSÕES

Sinto o corpo a tremer
Quando te consigo ver
Na minha imaginação,
Vejo-te bela, semi-nua
Iluminada pelos raios da lua
Como estás linda nesta visão.
Acordo e não te vejo
Redobra em mim o desejo
De voltar a sonhar,
Tuas curvas tem beleza
Manjar gostoso da natureza
Que tanto gostava de provar.
Passas na minha rua
Com as pernas semi-nua
Que a tua saia deixa transparecer,
E mordendo o lábio vou sonhando
E aos poucos vou imaginando
O resto do corpo que consegues esconder.
Olhas para mim com olhar atrevido
Como se te tivesse despido
Com o meu olhar provocador,
E tu sorris como a convidar
Que os teus lábios fosse beijar
Num eterno beijo de amor.
Acordo um pouco estremunhado
Pensando que estavas a meu lado
Mas tal foi a minha desilusão,
Tudo não passava de um sonho
Que se tornou num pesadelo medonho
Porque fostes e és apenas ilusão… 

José Duarte Soares,






11-01-2019

 ESTA FOME DE TI

Esta fome de ti que me consome
Esta ânsia que só eu conheço e não tem nome
A lembrança de cada centímetro teu
O amar-te sob o olhar da Lua, do céu
Aguardo-te a qualquer momento
Arqueja o meu peito de amor sedento
Roda a chave, na porta
Chegaste… já nada mais importa
Incendeia-se o fogo em mim
Cada vez que te ouço chegar, assim
Chegas gelado, deitas-te ao meu lado
E logo, logo ficas também incendiado
Loucura… entrega… tesão
Lume incandescente… clarão
Estremeço ao toque dos teus dedos
Sussurras baixinho, doces segredos
Rejubilo… me esvaio em caudal
Amar-te assim, é quase imoral
Tu te entregas, o orgasmo aconteceu
Este desejo que nos verga, é meu e é teu
Acalmia, doçura, aconchego, abraço
Descansas do teu dia, no meu regaço
O meu amor por ti nunca esmoreceu
Mas… esta fome de ti já desapareceu.

Nanda Rocha




 ESCALADA

Escalamos o monte
Tal era a ânsia
De dançar nos teus braços
Desapertamos os laços
Fomos em frente
No mundo só nosso
Despi o prazer
Da cor da candura
Senti o amor que ainda dura

Rimos sozinhos
O céu nosso manto
O espanto era tal
No momento ideal
Rendas no seios
Até os receios
De ali estarmos
Paraíso infinito
Lugar tão especial
Escalei o teu corpo
O meu foi vulcão
Abri a caractera
Explodi de emoção

Se lá voltaremos
Não saberemos
Apenas queremos
Recordar com saudade
O início do fim
Onde o jardim
Foi e será flor de jasmim
Campo de cristal
Aurora boreal
Êxtase total
Sussurro de paixão
Orgasmo de loucura

Anabela Fernandes 





Ninguém viu.

Lascivo é o tempo na mente,
O silêncio é silêncio ousado.
E há uma vontade premente,
De sentires um corpo suado.

Os lábios buscam companhia,
De outros que os teus deseje.
Nos sonhos alguém te dizia,
Feliz é aquele que te beije.

Sempre os opostos se atraem,
Provocando um ao outro prazer,
Exaustos no devaneio caiem,
Numa louca vontade de tudo voltar a acontecer.

Se repete o momento,uma ,uma e outra vez,
Numa atração sem escrúpulos.
Ninguém viu como se fez,
Mas, são denunciados pelas dores nos músculos.

Autora Maria Gomes Pereira Cabana



 "Somos pois"

Dois e dois somam quatro
Tal como nós juntos, somamos dois... Isso é um facto!
Quero-te nomear o meu "um" particular.
Quero-me a ti encostar e sentir o volume do teu desejo.
Quero me definas com um beijo...
Que me faças tua desde o início...
Que me proves, até se tornar um vício...
Que não tenha cabimento este fogo sedento por mim...
Quero sim!
Faz-me sentir perdida... reivindicada... consumida...
Faz-me desejar a tua boca, deixando-me louca...

Um e um são dois... Somos pois!
... no antes e no depois...

Autora : Fátima Andrade





“ACORDAR EM TI”
Adormecer e acordar e ti
Ir ao céu e voltar
Quero permanecer assim
Neste jeito louco de amar

Desesperada quero colar
A minha pele contra a tua
Não vês que quero amar
E sentir-me mesmo nua

Preciso de te tocar
Sentir tuas mãos aladas
Preciso de te amar
Ao sabor dessas baladas

Deixa-me sempre ser
Essa tua melodia
Vou querer sempre ter
A tua bela sinfonia

Beijo louco e entrelaço
Numa volúpia sem fim
Quero sentir o teu abraço
Sentir-te dentro de mim

És o meu eterno amor
Não quero mais ficar só
Dá-me todo o teu calor
Deixa-me tocar-te sem dó

Depois deste amor intenso
Nada como descansar
Deste transpirar imenso
Depois…Voltamos a amar

Adormecemos…Por fim
Eu estou quase cansada
Gostei de sentir-te em mim
É tão bom sentir-me amada…
“BRASA” MAGDA BRAZINHA 




 AMOR E TERNURA

Lado a lado ligados por um nó de sedução
Seremos tu em mim e eu em ti, um somente
Entrelaçados num laço perfeito de cetim
Um amor sem magoar
Um querer sem medida
Eternizado, abençoado e ternura
E assim lado a lado
Ao teu peito encosto minha cabeça
Voamos em quietude e cumplicidade
Na aventura dum amor inesquecível.
Amamos num tempo de ternura
O nosso amor nunca terá fim
Será renovado sempre como a Primavera
Com perfumes e cheiros a rosmaninho
Que envolverão nossos corpos
Na loucura incansável que nos atraí
Nossos braços são asas que voam
Na infinidade dos desejos que sentimos
Carícias profundas envoltas em doce mel
Nossos corpos unidos numa fusão de prazer
Nossos beijos saciados como doces cerejas
Nossa pele se toca, borbulhando no ventre
O prazer de um climax profundo e louco
Como louco é este amor que nos une e,
Nunca terá fim.
Na idade amadurecida das nossas vidas.
Continuamos a sentir o prazer da junção
E o coração treme com emoção e alegria
Porque a sexualidade é uma grande parte
Para que uma relação dei certo e possamos
Viver em plenitude.
AMOR E CUMPLICIDADE! SEMPRE.

Rosete Cansado



 IN(DISCRETA)

Declaradamente...
Na minha cama contigo,
sinto o verdadeiro prazer de existir
e ao mesmo tempo de te sentir.
Quando te peço abrigo.
És a minha colcha de lã, o meu lençol de seda.
Sinto por Ti o exilir da paixão
sinto-te de alma e de coração.
Na minha cama comigo,
Junta a Ti, visto a minha langerie;
e a despi-la, sinto-nos na bela arte de amar.
e na intimidade que contigo estou.
é tão conciliador sentir-te em pleno,
nesta bela arte de sonhar.
Convidas-me com um sentido
e tanto mais, é tão bom saber
quando me dizes ao ouvido
que amar... não é castigo.
Que é simplesmente aliciante.

Assim somos Nós!
Eu contigo e Tu comigo,
Num ''Momento Escaldante''
E mais...! NÃO DIGO.

Florinda Dias







 Hoje meti a mão na pega do tacho
Ui… tive um momento escaldante.
Deixei cair todos os meus tupperwares
Ui mas que chatice escaldante.
Encontrei as batatas podres no cesto
Mas que cheirete escaldante.
Virei o céu e a terra do avesso
Ui…que mistério escaldante.
Corri para comprar umas calcitas
O meu netinho fez chichi
Mas que incontinência escaldante.
Abri o frigorífico estava cheio de água
Mas que tristeza escaldante.
Consegui refazer-me de tudo isto
E derreti nesse instante.

Lurdes Bernardo




Voo de amor

Vem
amor
realiza
os meus
desejos
mais
secretos
embarca
comigo
no mundo
das fantasias.
E
Unidos
vamos
voar
num voo
divino
de gozo
sem fim
teu ___ meu.

Mila Lopes




DANÇA DE EMOÇÕES

Se bem me lembro
Foi em Setembro
Que em sonhos te vi,
Oh como me lembro bem
Do teu vai e vem
Onde quase endoideci.
Teu corpo era suave
Leve como pena de ave
Num voar constante,
Sim mas não dormia
Apenas olhava e sorria
Com olhar de amante.
E tu, graciosamente dançavas
E um olhar atrevido me lançavas
Quase me levavas há loucura,
E com teus subtis movimentos
Entravas em meus pensamentos
Onde aumentavas a fervura.
Todo o meu corpo fervilhava
Imaginando que te abraçava
No teu dançar semi nú,
Dei por mim a pensar
Como seria bom te beijar
Entre lençóis de linho, só eu e tu.
Ai! Como te desejo possuir
Gemer de prazer ao te sentir
Nos meus braços enroscada,
Nem imaginas a emoção
Que faz bater o meu coração
Como quem faz uma escalada.
De longe olhavas e sorrias
E em pensamentos dizias
Quem me dera seres meu,
E lá te foste aproximando
E no meu corpo foste dançando
Pois éramos nós, eu e Tu…
José Duarte Soares




 - Prendi-me

Naquele olhar sequioso
Fixei o meu,
Naquele corpo ébrio
Prendi-me,
Hoje...
Sou um amante de sorrisos doces.

Teu corpo foi tudo o que eu quis
Desde a primeira hora,
Continuarei a querê-lo
Para todo o sempre.

Não há limite
Perante os meus olhos...
O teu corpo, fascina-me.

Não há limite
Do que para ti eu sou...
Serei sempre, o teu predador.

José Maria... Z L




 Adorno

Meia lua, quarto crescente.
Dois corpos maduros cingidos
Pele fresca em pele quente
Em formato amor unidos

Saudades em tom natural.
Másculos viris convidam a perna de seda
Para o encaixe de sensibilidade igual
Ao da conchinha, na areia quêda

A roupa cede à vontade.
Eu, vestida de mim, de dunas e vales
E tu, de simples querer e habilidade
Sou o perfume de vento que tu equivales

Quarto crescente, a lua meia.
Tu, mesmo no escuro sabes o contorno
De mim, na justa forma da tua candeia
Assim, somos do céu o perfeito adorno

Rute Pio Lopes



 ESPERA

Alindei o momento,
Adivinhava amor que rasgarias o caminho sob a lua.
Tardava o sentir-te ofegante,teu respirar ansioso,
Enquanto eu imaginava o resvalar do robe de cetim.
Estremeci num arrepio.
Desejava-te de mãos cheias,
Diria, quero-te.
De braços longos trazendo mil abraços,
Ah Amor vem!
Trás a rota da esperança nos teus olhos
Nos lábios, trás o cair das pétalas
Meu ser é tua parcela de terra baldia e fértil,
Sonho-me obliqua,
Segura por tua ternura.
Um piano soa, notas soltas
São toques suaves,
Iluminam-se as horas
Da luminosidade desse teu olhar.
Dou o olhar ao caminho
Sonho-te, tardas.
Sei das trilhas geladas que percorres
Aqui há labaredas perfumadas
Acendi um archote de alecrim, rosmaninho e serepol.
Sou a flor de esteva que te anseia.
Entoam passos,
Meu corpo é festa
O robe sedoso cai.
Te espera este corpo moreno e casto.
Chegas-te amor
Desfolhas caricias ao beijar as rosas de meus seios.
Vem! Tatua delicadamente com teus lábios
Este corpo em pousio que te deseja ardentemente.
Para lá da janela, na noite fria
A geada fina rendou teus passos.
Aqui o amor arde lentamente.
O ar é perfumado de fina flor de laranjeira.
O amor se faz cantata primaveril novamente.

Augusta Maria Gonçalves.