HOMENAGEM A CAMOES
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades." Luís de Camões
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades." Luís de Camões
Esta é uma forma de homenagearmos o nosso poeta. Para isso, contamos com a vossa colaboração, participando com os vossos escritos.
Publicações a serem feitas no Grupo só em texto. Poemas em fotos não serão contemplados.
Obrigatório:
1 – ou nome da iniciativa
2 – ou foto da iniciativa
3 – ou ambos
A foto a apresentar é sempre a fornecida pela administração.
Serão aceites apenas os poemas publicados no próprio dia, das 00:00h às 23:45h, e devidamente identificados, como é norma nas nossas iniciativas.
A Administração!
1º Lugar
António Belo
2º lugar
Lurdes Bernardo
VOTAÇÃO DA INICIATIVA "COMEMORANDO CAMÕES"
A votação foi feita pelos administradores e por uma convidada. Do lado esquerdo encontra-se o número do poema e o nome do autor. Do lado direito o número de votos obtidos. Todos os poemas participantes encontram-se na página própria da iniciativa, no nosso Blogue de apoio. As patrocinadores desta iniciativa são: Florinda Dias e Nanda Rocha. O participante com mais votos poderá escolher o livro que entender, ficando o outro para o segundo classificado.
Mais votados:
1º lugar
Poema nº 14 – António Belo
2º lugar
Poema nº 2 – Lurdes Bernardo
POEMAS VOTADOS:
1 – Rosa Domingos - 1
2 – Lurdes Bernardo - 1+1+1
3 – José da Nave - 1
4 – Gabriela Pais - 1
5 – António Henriques - 1+1
6 – Nanda Rocha -1+1
8 – Nanda Rocha - 1
9 – Augusta Gonçalves - 1+1
10 – José Martinho - 1
11 – Maria Cabana - 1
12 – Antero Jerónimo - 1
13 – Aida Marques - 1
14 – António Belo - 1+1+1+1
VOTANTES:
Obrigatório:
1 – ou nome da iniciativa
2 – ou foto da iniciativa
3 – ou ambos
A foto a apresentar é sempre a fornecida pela administração.
Serão aceites apenas os poemas publicados no próprio dia, das 00:00h às 23:45h, e devidamente identificados, como é norma nas nossas iniciativas.
A Administração!
PARABÉNS AOS VENCEDORES
1º Lugar
António Belo
2º lugar
Lurdes Bernardo
A votação foi feita pelos administradores e por uma convidada. Do lado esquerdo encontra-se o número do poema e o nome do autor. Do lado direito o número de votos obtidos. Todos os poemas participantes encontram-se na página própria da iniciativa, no nosso Blogue de apoio. As patrocinadores desta iniciativa são: Florinda Dias e Nanda Rocha. O participante com mais votos poderá escolher o livro que entender, ficando o outro para o segundo classificado.
Mais votados:
1º lugar
Poema nº 14 – António Belo
2º lugar
Poema nº 2 – Lurdes Bernardo
POEMAS VOTADOS:
1 – Rosa Domingos - 1
2 – Lurdes Bernardo - 1+1+1
3 – José da Nave - 1
4 – Gabriela Pais - 1
5 – António Henriques - 1+1
6 – Nanda Rocha -1+1
8 – Nanda Rocha - 1
9 – Augusta Gonçalves - 1+1
10 – José Martinho - 1
11 – Maria Cabana - 1
12 – Antero Jerónimo - 1
13 – Aida Marques - 1
14 – António Belo - 1+1+1+1
VOTANTES:
José da Nave
Fátima Andrade
Alice Cunha
Fátima Roque
Rosete Cansado
Helena Santos
Lurdes Bernardo
Lurdes Bernardo
10-06-2019
1 - PORTUGAL/ CAMÕES
Meu Portugal pequenino de feitos tão grandes,
Enfrentas agora o mundo com tormentas maiores;
Descobrires onde, tantos amores terás,
Como as descritas p'la pena de Vaz!
És da poesia pai;
- Pátria mor das epopeias,
Cantos de marés tão cheias.
Lusíadas: Valentia; descobrimentos;
Assentos da nossa história,
Assentos de Portugal.
Português de Camões;
Dez de junho: Glória, glória, glória;
Um orgulho nacional!
RAADOMINGOS
2 - “Camões Poeta”
Elegia em peitos de lamento
Melancólica poesia complacente
Em música ou lamento de morte
Numa tristeza profunda à sua sorte.
Entre redondilhas maiores e menores
A Glosa composta por oito ou dez versos
Composição poética de amores
Perdidos no tempo e indiscretos.
Entre os mitos gregos narrados
O classicismo Italiano no apogeu
Entre os poetas eróticos e mercenários
Filósofos líricos satíricos e Orfeu.
Na Ilíada e Odisseia de Homero
Os clássicos as Geórgicas e a Eneida
Buscou suas fontes e que bem dominava
O latim o espanhol a literatura e a história.
Buscou todos os seus conhecimentos
Entre os melhores historiadores e cientistas
Entre intelectuais e famosos romancistas
Entre os contemporâneos e renascentistas.
Foram tantos os seus estilos estudados
Mas ele era um renascentista e Maneirista
Tantos floreados e estilos determinados
Em seus semânticos e poéticos escritos.
Criou 3 géneros medievais Vilancete a canção e a trova
Entre suas crises políticas e o seu romantismo
Na experiência prática e o idealismo que conjuga
Com cavalaria das cruzadas e o feudalismo.
Alinhou fé católica com propaganda e mitos
As armas e as conquistas gloriosas
Em Epopeia nacionalista os Lusíadas
Com a imensa grandeza de seus épicos escritos.
Com seus cantos e encantos rumando
Seus dez cantos somam 1102 estrofes
Num total de 8816 decassílabos versos
Numa oitava rima (abababcc) empregando.
Por tantas passagens de vida plena
Entre altos e baixos sobreviveu
O maior poeta épico português
Que a ilustre e maior obra escreveu.
Lurdes Bernardo
3 - Expoente maior da poesia nacional
de alma amante ( “ eu cantarei de amor tão docemente” )
e patriótica.
Acompanhado de frustrados sonhos de vida ,
a significar a sua singularidade,
a que também designaram de boémia,
Perdido de amores por D. Catarina, irmã de D. João III,
é enviado para África e, após diversas adversidades,
que o levaram ao caminho do Oriente,
designadamente Goa, que designou de Roma e Macau.
A universalidade da sua obra, é reconhecida,
designadamente Os Lusíadas, mas não apenas.
A poesia lírica é abundante e variada.
Que eu saiba, para além das cartas,
legou-nos uma panóplia de temas:
redondilhas, éclogas, odes, oitavas,
elegias, canções e sonetos.
Estes, julgo, os mais conhecidos,
citando apenas alguns de memória: ,
“Sete anos de pastor jacob servia”
“ Transforma-se o amador na coisa amada”
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”
“Alma minha gentil que partiste”
“Amor é fogo que arde sem se ver”
De regresso a Lisboa, é-lhe atribuída uma tença real (15.000 reis.).
Falece, com a Pátria, em 1580.
José Lopes da Nave
4 - REDONDILHA PARA CAMÕES
Caminha o amor devagar
p' la colina verdejante,
lavra riso radiante
e p´los campos vai afagar,
com pasmo sem se apressar,
almas bravias do amor,
deste chão cheio de flor.
Na descoberta palmilha
o amor terra de ninguém,
segue por aqui, ali, aquém,
não prevê florescente ilha
só suspira por partilha,
lugar onde o sol aqueça
coração triste embeveça.
O amor corre pelo espaço
sacudindo a solidão,
procura alguém de eleição
pra abraçar sem embaraço,
segura o tempo sem traço,
apaga a luz adormecida
o amor está de partida.
Tanta procura afadiga,
o amor é sentimental,
assaz tolo e como tal
lunático que se obriga,
pousar na noite e mitiga,
nas folhas secas d' outono,
que o tapam em doce sono.
Gabriela Pais
5 - EPOPEIA
Foi o poeta maior, de Portugal,
Lusíadas, a sua obra imortal,
Dos feitos portugueses, afamados;
Sem nunca nada igual, se conhecer,
Vai começando então, por escrever:
“As armas e os barões assinalados”.
Com tema já traçado, começando,
Em versos de oitava, relatando,
Epopeia, que desta gente, ímana,
De sua inspiração então surgindo,
As forças portuguesas já partindo,
“Da ocidental praia lusitana”.
A nossa história então, ele vai contando,
Que em sua visão, assim foi dando,
Em versos que escreveu, tão inflamados;
As naus a Oriente já rumando
E as valorosas gentes, navegando,
“Por mares nunca dantes navegados”.
Vai a gloriosa obra aumentando,
Com essa grande frota, mar sulcando,
Levando a forte gente, lusitana,
E novos horizontes vão-se abrindo
Com esforço e vontade conseguindo,
“Passaram ainda além da Taprobana”.
Novas terras também e novas gentes,
Das então conhecidas, tão diferentes,
Deixam os navegantes, encantados,
Mas, vendo-se obrigados a lutar,
Contra a quem os quis, atraiçoar,
“Em perigos e em guerras esforçados”.
Assim foram o mundo percorrendo,
Mas nunca da tarefa, esmorecendo,
Mesmo sendo difícil, desumana;
Até o “Adamastor” foram vencendo,
Num esforço violento e tremendo,
“Mais do que prometia a força humana”.
Enfrentando tormentas, tempestades,
Com as suas indómitas, vontades,
Em zonas perigosas, se arriscaram,
Impondo a justiça e a sua lei,
Transmitida na Pátria, por el-Rei,
“E entre gente remota, edificaram”.
E vão por toda a parte, se instalando,
Já a Fé e o Império, dilatando,
Riquezas variadas alcançaram;
Assim os portugueses vão seguindo,
Nessas terras remotas, construindo,
“Novo Reino, que tanto sublimaram”.
A epopeia então, vai prosseguindo,
Inspiração brilhante, consentindo,
Escrever parte da história portuguesa;
Mas a ditosa Pátria, que cantou,
Essa tão bela obra, não louvou,
Acabando seus dias em pobreza.
Quem foi este poeta consagrado,
Que mesmo hoje, ainda, é adorado,
Arrebatando os nossos corações.
Um galã, sonhador, apaixonado,
Que teve seu viver, desventurado,
De seu nome, Luís Vaz de Camões.
António Henriques
6 - O MESTRE
Ler-te, é embrenhar-me na alma de um povo
Ler-te, é encontrar sempre algo diferente e novo
É sorver um pouco da tua alma em poesia
É ser aluna dum mestre que preenche a alma vazia
Sim... é assim que me sinto
Tu, com um saber imenso, infindo
Eu, a discípula, tu o grande mestre
Eu aprendendo e gerindo o que me deste
Escreveste como ninguém
Neste País e noutros mais além
Odes, canções, sonetos, poemas
E uma obra épica, onde cantas feitos e penas
Foste vítima tão novo, de um acidente infeliz
Mesmo assim, de olho ferido e vendado
Salvaste a tua obra das águas, de braço levantado
Que coragem, que alma plena de nobreza
Tu que andaste pelos meandros da realeza
Que alma pura, tão cheia de alegria
Podias ter ficado, embarcaste no barco que partia
Deixaste connosco a tua alma poética
Teus escritos com rima, ou mesmo sem métrica
Espalhados aos pedacinhos por ai
Obra prima da poesia, a mais linda que já li
Alegra-te "lá no assento etéreo onde subiste"
Se escrevo poesia é só porque exististe
Rejubila, que o teu legado não desapareceu
Queria tanto, deixar um espólio igual ao teu
Sei que é tarefa impossível, amigo
Por mais que me esforce, eu não consigo
Tu não foste um mestre, foste e és o Mestre
Escrevo sim, mas ao teu lado, nada que preste
Desculpa nobre poeta, a minha ousadia
Quantas vezes sinto a minha alma vazia
Desculpa não conseguir melhor fazer
Mas, basta pensar em ti, e começo a escrever
Deves pensar que sou atrevida, alguém que abusa
Sou só uma portuguesa, de alma lusa
Tu estás tatuado na nossa pele, nos nossos corações
És poema, amor e saudade, muito obrigada Camões.
Nanda Rocha
7 - LUSÍADAS!
Os Lusíadas, poema épico
Por Luís de Camões escrito,
Publicado em 1572,
O mais emblemático livro de poesia
É constituído por dez cantos;
Cada canto possui um número variável,
De estrofes de oito versos inseridos,
O poema descreve a descoberta,
Da rota marítima para a Índia,
Na viagem liderada por Vasco da Gama.
Os Lusíadas traduz em verso,
Toda a história do povo Português,
E das grandes conquistas, que fez
Uma história onde a mitologia,tem lugar.
De seres sobrenaturais e deuses e ninfas,
Que contribuirão para esta grande Epopeia
Luís de Camões dedicou os Lusíadas
Ao rei de Portugal, Dom Sebastião,
Que era visto como esperança,
De continuar e propagar a fé católica, cristão
Continuando as grandes conquistas,
Dos portugueses por todo o mundo.
Nos Lusíadas também é escrito o amor,
Com sensibilidade e paixão,
Além de outros, este mais profundo,
Os amores de Inês de castro,
Que ficarão na história, com emoção.
Um poema com muita beleza
E muita inspiração, traduzindo,
A realidade do seu país de eleição.
Levou tempo a ser conhecido
Mas hoje no mundo é um símbolo,
É obrigatório nas escolas,
É hoje o seu aniversário,
Faço-lhe homenagem com muita emoção
Neste que é considerado o seu dia
E é um poeta de minha eleição.
Só foi editado após o, seu autor ter morrido.
Rosete Cansado
8 - CAMÕES
Tantos séculos já se passaram
E tu continuas vivo, grande Camões
Nem o longo passar dos tempos apagaram
As tuas poesias dos nossos corações
Quem me dera ter vivido naquela altura
Ter-te conhecido num qualquer baile de salão
Ter sido tua inspiradora musa, por ventura
Ter sido o gemido da guitarra, na tua mão.
Nanda Rocha
9 - CAMÕES!
Ilustre sonhador caminhante de uma epopeia com história.
Apaixonado fugaz por mulher reais e musas inventadas.
Amava aqui ali e além mar, as negras de jade tão perfeitas.
Nas praias onde atracavam caravelas quinhentistas.
Era o guerreiro audaz
Para seu sossego o coração palpitante por demais fugaz
Escrevia essas coisas.
" amor é chama que arde sem se ver "
Audaz nas esquinas de Lisboa
Declamava versos nas horas inquietas
Nas alcovas, nas quais damas de pele suave a ele se davam.
Tudo para Camões era poesia.
O beijar arrebatador do homem, poeta, sonhador.
Nas horas mortas da noite pouco casta
Saltava das varandas, deixando o leito quente, as damas suspirando.
E já mais uma nau está de abalada.
Camões cheio de sonhos, coração em chama.
Mais outra vez vai além, sendo ele próprio Taprobana.
Escreverá os Lusíadas, herança de um homem que sonhava.
Tudo passa,
Para ELE foi igual.
A juventude se foi,
Mas palavra nunca se safou pervaleceu.
Cita-se com enfase o nome de alguem
ELE que como todos na velhice pereceu
O abandono, a fome,
Morreu
Talvez até nem os sinos repicassem...
Pois foi só um homem português, um poeta que morreu.
Esse que ainda hoje fala só em livro.
As armas e barões assinalados.
É este citar de poesia que o mantém vivo neste retangulo
Que é PORTUGAL plangente
Só de memórias IMORTAL.
CAMÕES É A VOZ DE UM POVO QUE SONHA, SOFRE E AMA!
É NOSSO BERÇO PORTUGAL!
Augusta Maria Gonçalves.
10 - Hoje dia dez de Junho
Data da morte de Luís de Camões
Antes de falecer, com a caneta em punho
Escreveu poesia, em vez de sermões
Camões representa o génio da Pátria
E também da língua portuguesa
Devido à sua forma esplendorosa
Como descreveu a história portuguesa
Há quase uma centena de anos
Que se comemora este dia com graça
Antes do vinte cinco de Abril os tiranos
Lhes chamavam dia de Camões e da Raça
Hoje dia de Portugal, de Camões e
Das comunidades portuguesas
Alia-se o espírito aventureiro dos portugueses
Que espalhados pelos quatro cantos do mundo
Choravam com saudade da sua Pátria muitas vezes
Estes portugueses são muito importantes
Muitos deles infelizmente morreram à míngua
Tempos difíceis viveram dantes
Mas espalharam por todo o mundo
O nome de Portugal e sua língua.
José Martinho
11 - Talvez nascido em Lisboa!
Nosso génio da literatura.
Foi prisioneiro em Goa,
Vida plena de aventura.
Salvou o seu pergaminho,
Depois de ter naufragado.
Descrevia da Índia o caminho,
Lusiadas assim foi chamado.
De corações conquistador,
Tinha uma em cada porto.
Ainda um não estava morto,
Já tinha ele outro amor.
Por Dom Sebastião escutado,
Fez dele seu protegido.
Só depois de ter morrido,
É que foi por todos aclamado.
O tempo é coisa que passa ,sem se ver!
Mas, passou e tu ficas-te!
Pelo tanto que nos deixaste,
JAMAIS CAMÕES IRÁS MORRER!
Autora Maria Gomes Pereira Cabana
12 - CAMÕES E A ESMOLA
Não vais ao paço. Recusas a esmola
Paga com toda a parcimónia.
Este país que enalteceste, Nação valente
Que agora te mata lentamente
Que fenece nas cinzas e não renasce.
Na corte da ignomínia tua perdição conjuram
Calúnias inveja maus presságios auguram
E nunca inimigos faltarão
Aos que buscam na lira ganhar o seu pão.
E aqueles que invocaste acometidos de súbita cegueira
Em vénias bajuladoras permanecem curvados
Em épicas batalhas de favorecimento se pelejam
De memória breve estão firmemente enraizados.
Não irás ao paço. Acabou tua tumular paciência
Pois não te pedem canto mas sim subserviência.
Este país te mata lentamente.
Antero Jeronimo
13 - CAMÕES
Príncipe dos poetas
Colheste o mago saber da escrita
De uma musa abençoada
Derramado numa obra universal:
Nossa maior Epopeia Lírica
Orgulho de PORTUGAL!
Aida Maria (Aida Marques)
14 - CAMÔES
Grito ao Poeta
No infinito lugar onde moras, se puderes
E no jeito que outrora mui bem soubeste
Grita bem alto, em verso, os teus sentires
Sobre a pátria donde há muito te ausentaste
Vê-la-ás com diferenças certamente
Pois no tempo sofreu transformação
Mas se olhares com cuidado em sua gente
Verás como dantes hipocrisia e traição
A pobreza em que viveste ainda persiste
E aos amores iguais aos teus ainda resiste
Num esforço que pra vencer não tem poder
Mas crentes jamais perdem a esperança
Que no mar revolto nascerá a bonança
Em milagre que para um cego faça ver
António Belo
Meu Portugal pequenino de feitos tão grandes,
Enfrentas agora o mundo com tormentas maiores;
Descobrires onde, tantos amores terás,
Como as descritas p'la pena de Vaz!
És da poesia pai;
- Pátria mor das epopeias,
Cantos de marés tão cheias.
Lusíadas: Valentia; descobrimentos;
Assentos da nossa história,
Assentos de Portugal.
Português de Camões;
Dez de junho: Glória, glória, glória;
Um orgulho nacional!
RAADOMINGOS
2 - “Camões Poeta”
Elegia em peitos de lamento
Melancólica poesia complacente
Em música ou lamento de morte
Numa tristeza profunda à sua sorte.
Entre redondilhas maiores e menores
A Glosa composta por oito ou dez versos
Composição poética de amores
Perdidos no tempo e indiscretos.
Entre os mitos gregos narrados
O classicismo Italiano no apogeu
Entre os poetas eróticos e mercenários
Filósofos líricos satíricos e Orfeu.
Na Ilíada e Odisseia de Homero
Os clássicos as Geórgicas e a Eneida
Buscou suas fontes e que bem dominava
O latim o espanhol a literatura e a história.
Buscou todos os seus conhecimentos
Entre os melhores historiadores e cientistas
Entre intelectuais e famosos romancistas
Entre os contemporâneos e renascentistas.
Foram tantos os seus estilos estudados
Mas ele era um renascentista e Maneirista
Tantos floreados e estilos determinados
Em seus semânticos e poéticos escritos.
Criou 3 géneros medievais Vilancete a canção e a trova
Entre suas crises políticas e o seu romantismo
Na experiência prática e o idealismo que conjuga
Com cavalaria das cruzadas e o feudalismo.
Alinhou fé católica com propaganda e mitos
As armas e as conquistas gloriosas
Em Epopeia nacionalista os Lusíadas
Com a imensa grandeza de seus épicos escritos.
Com seus cantos e encantos rumando
Seus dez cantos somam 1102 estrofes
Num total de 8816 decassílabos versos
Numa oitava rima (abababcc) empregando.
Por tantas passagens de vida plena
Entre altos e baixos sobreviveu
O maior poeta épico português
Que a ilustre e maior obra escreveu.
Lurdes Bernardo
3 - Expoente maior da poesia nacional
de alma amante ( “ eu cantarei de amor tão docemente” )
e patriótica.
Acompanhado de frustrados sonhos de vida ,
a significar a sua singularidade,
a que também designaram de boémia,
Perdido de amores por D. Catarina, irmã de D. João III,
é enviado para África e, após diversas adversidades,
que o levaram ao caminho do Oriente,
designadamente Goa, que designou de Roma e Macau.
A universalidade da sua obra, é reconhecida,
designadamente Os Lusíadas, mas não apenas.
A poesia lírica é abundante e variada.
Que eu saiba, para além das cartas,
legou-nos uma panóplia de temas:
redondilhas, éclogas, odes, oitavas,
elegias, canções e sonetos.
Estes, julgo, os mais conhecidos,
citando apenas alguns de memória: ,
“Sete anos de pastor jacob servia”
“ Transforma-se o amador na coisa amada”
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”
“Alma minha gentil que partiste”
“Amor é fogo que arde sem se ver”
De regresso a Lisboa, é-lhe atribuída uma tença real (15.000 reis.).
Falece, com a Pátria, em 1580.
José Lopes da Nave
4 - REDONDILHA PARA CAMÕES
Caminha o amor devagar
p' la colina verdejante,
lavra riso radiante
e p´los campos vai afagar,
com pasmo sem se apressar,
almas bravias do amor,
deste chão cheio de flor.
Na descoberta palmilha
o amor terra de ninguém,
segue por aqui, ali, aquém,
não prevê florescente ilha
só suspira por partilha,
lugar onde o sol aqueça
coração triste embeveça.
O amor corre pelo espaço
sacudindo a solidão,
procura alguém de eleição
pra abraçar sem embaraço,
segura o tempo sem traço,
apaga a luz adormecida
o amor está de partida.
Tanta procura afadiga,
o amor é sentimental,
assaz tolo e como tal
lunático que se obriga,
pousar na noite e mitiga,
nas folhas secas d' outono,
que o tapam em doce sono.
Gabriela Pais
5 - EPOPEIA
Foi o poeta maior, de Portugal,
Lusíadas, a sua obra imortal,
Dos feitos portugueses, afamados;
Sem nunca nada igual, se conhecer,
Vai começando então, por escrever:
“As armas e os barões assinalados”.
Com tema já traçado, começando,
Em versos de oitava, relatando,
Epopeia, que desta gente, ímana,
De sua inspiração então surgindo,
As forças portuguesas já partindo,
“Da ocidental praia lusitana”.
A nossa história então, ele vai contando,
Que em sua visão, assim foi dando,
Em versos que escreveu, tão inflamados;
As naus a Oriente já rumando
E as valorosas gentes, navegando,
“Por mares nunca dantes navegados”.
Vai a gloriosa obra aumentando,
Com essa grande frota, mar sulcando,
Levando a forte gente, lusitana,
E novos horizontes vão-se abrindo
Com esforço e vontade conseguindo,
“Passaram ainda além da Taprobana”.
Novas terras também e novas gentes,
Das então conhecidas, tão diferentes,
Deixam os navegantes, encantados,
Mas, vendo-se obrigados a lutar,
Contra a quem os quis, atraiçoar,
“Em perigos e em guerras esforçados”.
Assim foram o mundo percorrendo,
Mas nunca da tarefa, esmorecendo,
Mesmo sendo difícil, desumana;
Até o “Adamastor” foram vencendo,
Num esforço violento e tremendo,
“Mais do que prometia a força humana”.
Enfrentando tormentas, tempestades,
Com as suas indómitas, vontades,
Em zonas perigosas, se arriscaram,
Impondo a justiça e a sua lei,
Transmitida na Pátria, por el-Rei,
“E entre gente remota, edificaram”.
E vão por toda a parte, se instalando,
Já a Fé e o Império, dilatando,
Riquezas variadas alcançaram;
Assim os portugueses vão seguindo,
Nessas terras remotas, construindo,
“Novo Reino, que tanto sublimaram”.
A epopeia então, vai prosseguindo,
Inspiração brilhante, consentindo,
Escrever parte da história portuguesa;
Mas a ditosa Pátria, que cantou,
Essa tão bela obra, não louvou,
Acabando seus dias em pobreza.
Quem foi este poeta consagrado,
Que mesmo hoje, ainda, é adorado,
Arrebatando os nossos corações.
Um galã, sonhador, apaixonado,
Que teve seu viver, desventurado,
De seu nome, Luís Vaz de Camões.
António Henriques
6 - O MESTRE
Ler-te, é embrenhar-me na alma de um povo
Ler-te, é encontrar sempre algo diferente e novo
É sorver um pouco da tua alma em poesia
É ser aluna dum mestre que preenche a alma vazia
Sim... é assim que me sinto
Tu, com um saber imenso, infindo
Eu, a discípula, tu o grande mestre
Eu aprendendo e gerindo o que me deste
Escreveste como ninguém
Neste País e noutros mais além
Odes, canções, sonetos, poemas
E uma obra épica, onde cantas feitos e penas
Foste vítima tão novo, de um acidente infeliz
Mesmo assim, de olho ferido e vendado
Salvaste a tua obra das águas, de braço levantado
Que coragem, que alma plena de nobreza
Tu que andaste pelos meandros da realeza
Que alma pura, tão cheia de alegria
Podias ter ficado, embarcaste no barco que partia
Deixaste connosco a tua alma poética
Teus escritos com rima, ou mesmo sem métrica
Espalhados aos pedacinhos por ai
Obra prima da poesia, a mais linda que já li
Alegra-te "lá no assento etéreo onde subiste"
Se escrevo poesia é só porque exististe
Rejubila, que o teu legado não desapareceu
Queria tanto, deixar um espólio igual ao teu
Sei que é tarefa impossível, amigo
Por mais que me esforce, eu não consigo
Tu não foste um mestre, foste e és o Mestre
Escrevo sim, mas ao teu lado, nada que preste
Desculpa nobre poeta, a minha ousadia
Quantas vezes sinto a minha alma vazia
Desculpa não conseguir melhor fazer
Mas, basta pensar em ti, e começo a escrever
Deves pensar que sou atrevida, alguém que abusa
Sou só uma portuguesa, de alma lusa
Tu estás tatuado na nossa pele, nos nossos corações
És poema, amor e saudade, muito obrigada Camões.
Nanda Rocha
7 - LUSÍADAS!
Os Lusíadas, poema épico
Por Luís de Camões escrito,
Publicado em 1572,
O mais emblemático livro de poesia
É constituído por dez cantos;
Cada canto possui um número variável,
De estrofes de oito versos inseridos,
O poema descreve a descoberta,
Da rota marítima para a Índia,
Na viagem liderada por Vasco da Gama.
Os Lusíadas traduz em verso,
Toda a história do povo Português,
E das grandes conquistas, que fez
Uma história onde a mitologia,tem lugar.
De seres sobrenaturais e deuses e ninfas,
Que contribuirão para esta grande Epopeia
Luís de Camões dedicou os Lusíadas
Ao rei de Portugal, Dom Sebastião,
Que era visto como esperança,
De continuar e propagar a fé católica, cristão
Continuando as grandes conquistas,
Dos portugueses por todo o mundo.
Nos Lusíadas também é escrito o amor,
Com sensibilidade e paixão,
Além de outros, este mais profundo,
Os amores de Inês de castro,
Que ficarão na história, com emoção.
Um poema com muita beleza
E muita inspiração, traduzindo,
A realidade do seu país de eleição.
Levou tempo a ser conhecido
Mas hoje no mundo é um símbolo,
É obrigatório nas escolas,
É hoje o seu aniversário,
Faço-lhe homenagem com muita emoção
Neste que é considerado o seu dia
E é um poeta de minha eleição.
Só foi editado após o, seu autor ter morrido.
Rosete Cansado
8 - CAMÕES
Tantos séculos já se passaram
E tu continuas vivo, grande Camões
Nem o longo passar dos tempos apagaram
As tuas poesias dos nossos corações
Quem me dera ter vivido naquela altura
Ter-te conhecido num qualquer baile de salão
Ter sido tua inspiradora musa, por ventura
Ter sido o gemido da guitarra, na tua mão.
Nanda Rocha
9 - CAMÕES!
Ilustre sonhador caminhante de uma epopeia com história.
Apaixonado fugaz por mulher reais e musas inventadas.
Amava aqui ali e além mar, as negras de jade tão perfeitas.
Nas praias onde atracavam caravelas quinhentistas.
Era o guerreiro audaz
Para seu sossego o coração palpitante por demais fugaz
Escrevia essas coisas.
" amor é chama que arde sem se ver "
Audaz nas esquinas de Lisboa
Declamava versos nas horas inquietas
Nas alcovas, nas quais damas de pele suave a ele se davam.
Tudo para Camões era poesia.
O beijar arrebatador do homem, poeta, sonhador.
Nas horas mortas da noite pouco casta
Saltava das varandas, deixando o leito quente, as damas suspirando.
E já mais uma nau está de abalada.
Camões cheio de sonhos, coração em chama.
Mais outra vez vai além, sendo ele próprio Taprobana.
Escreverá os Lusíadas, herança de um homem que sonhava.
Tudo passa,
Para ELE foi igual.
A juventude se foi,
Mas palavra nunca se safou pervaleceu.
Cita-se com enfase o nome de alguem
ELE que como todos na velhice pereceu
O abandono, a fome,
Morreu
Talvez até nem os sinos repicassem...
Pois foi só um homem português, um poeta que morreu.
Esse que ainda hoje fala só em livro.
As armas e barões assinalados.
É este citar de poesia que o mantém vivo neste retangulo
Que é PORTUGAL plangente
Só de memórias IMORTAL.
CAMÕES É A VOZ DE UM POVO QUE SONHA, SOFRE E AMA!
É NOSSO BERÇO PORTUGAL!
Augusta Maria Gonçalves.
10 - Hoje dia dez de Junho
Data da morte de Luís de Camões
Antes de falecer, com a caneta em punho
Escreveu poesia, em vez de sermões
Camões representa o génio da Pátria
E também da língua portuguesa
Devido à sua forma esplendorosa
Como descreveu a história portuguesa
Há quase uma centena de anos
Que se comemora este dia com graça
Antes do vinte cinco de Abril os tiranos
Lhes chamavam dia de Camões e da Raça
Hoje dia de Portugal, de Camões e
Das comunidades portuguesas
Alia-se o espírito aventureiro dos portugueses
Que espalhados pelos quatro cantos do mundo
Choravam com saudade da sua Pátria muitas vezes
Estes portugueses são muito importantes
Muitos deles infelizmente morreram à míngua
Tempos difíceis viveram dantes
Mas espalharam por todo o mundo
O nome de Portugal e sua língua.
José Martinho
11 - Talvez nascido em Lisboa!
Nosso génio da literatura.
Foi prisioneiro em Goa,
Vida plena de aventura.
Salvou o seu pergaminho,
Depois de ter naufragado.
Descrevia da Índia o caminho,
Lusiadas assim foi chamado.
De corações conquistador,
Tinha uma em cada porto.
Ainda um não estava morto,
Já tinha ele outro amor.
Por Dom Sebastião escutado,
Fez dele seu protegido.
Só depois de ter morrido,
É que foi por todos aclamado.
O tempo é coisa que passa ,sem se ver!
Mas, passou e tu ficas-te!
Pelo tanto que nos deixaste,
JAMAIS CAMÕES IRÁS MORRER!
Autora Maria Gomes Pereira Cabana
12 - CAMÕES E A ESMOLA
Não vais ao paço. Recusas a esmola
Paga com toda a parcimónia.
Este país que enalteceste, Nação valente
Que agora te mata lentamente
Que fenece nas cinzas e não renasce.
Na corte da ignomínia tua perdição conjuram
Calúnias inveja maus presságios auguram
E nunca inimigos faltarão
Aos que buscam na lira ganhar o seu pão.
E aqueles que invocaste acometidos de súbita cegueira
Em vénias bajuladoras permanecem curvados
Em épicas batalhas de favorecimento se pelejam
De memória breve estão firmemente enraizados.
Não irás ao paço. Acabou tua tumular paciência
Pois não te pedem canto mas sim subserviência.
Este país te mata lentamente.
Antero Jeronimo
13 - CAMÕES
Príncipe dos poetas
Colheste o mago saber da escrita
De uma musa abençoada
Derramado numa obra universal:
Nossa maior Epopeia Lírica
Orgulho de PORTUGAL!
Aida Maria (Aida Marques)
14 - CAMÔES
Grito ao Poeta
No infinito lugar onde moras, se puderes
E no jeito que outrora mui bem soubeste
Grita bem alto, em verso, os teus sentires
Sobre a pátria donde há muito te ausentaste
Vê-la-ás com diferenças certamente
Pois no tempo sofreu transformação
Mas se olhares com cuidado em sua gente
Verás como dantes hipocrisia e traição
A pobreza em que viveste ainda persiste
E aos amores iguais aos teus ainda resiste
Num esforço que pra vencer não tem poder
Mas crentes jamais perdem a esperança
Que no mar revolto nascerá a bonança
Em milagre que para um cego faça ver
António Belo